quinta-feira, 29 de maio de 2008

Reciclagem pode beneficiar aterro de Limeira



JULIANA APARECIDA DA SILVA

O fim da vida útil do aterro sanitário de Limeira depende da reciclagem. Ele pode ter seu prazo estendido se as pessoas se conscientizarem a respeito de como é importante separar o lixo que pode ser reciclado do lixo comum. “Não há separação de lixo no aterro”, afirma o funcionário do aterro, João Batista.

Reciclar é uma maneira de diminuir a acumulação progressiva de lixo. As vantagens da reciclagem são várias: cidade limpa, diminuição da poluição do ar, do solo e da terra, economia de matéria-prima, geração de novos empregos e renda de famílias carentes e também oferece oportunidade aos cidadãos de preservar o meio ambiente em que vivem de maneira concreta.

O aterro sanitário de Limeira possui 150.000 m² e recebe resíduos orgânicos, industriais, entulhos, podas e recicláveis gerados pelo município. O sistema de disposição final dos resíduos se faz através de lançamento, compactação e cobertura com terra vegetal, em células preparadas com manta impermeável e drenagem.

Aproximadamente 24 toneladas de lixo são lançados por mês no aterro de Limeira. Cerca de 1,8 mil toneladas não precisariam ser depositadas no local se houvesse maior reciclagem de lixo.

Segundo João Batista, chegam 140 toneladas de lixo doméstico, por dia, no local. Cerca de 50% desse total poderia ser reciclado. O aterro sanitário está localizado na Via Tatuibi, Km 5,5, distante 10 Km do centro da cidade.


Preservação do meio ambiente e geração de renda

Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ambiental, é o fator social. A coleta de material reciclável é, na maioria dos casos, a única fonte de renda dos catadores, que garantem seu sustento através da reciclagem. Cada vez mais surgem trabalhadores que se unem para atuar nessa área.

Os catadores de rua são os maiores responsáveis pelo material recuperado – matéria-prima para as indústrias recicladoras.

Esses trabalhadores estão sempre com seus carrinhos cheios, prestando serviço à cidade. Recebem de acordo com o volume do material recolhido e vendem a intermediários, que repassam a outras empresas. A separação do lixo orgânico para o reciclado ajuda a diminuir a quantidade de lixo que chega ao aterro sanitário da cidade.

Segundo um estudo realizado pela organização não-governamental Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), com investimentos entre R$ 50 mil e R$ 140 mil é possível montar pequenos negócios de reciclagem de plástico e também papel.

As cooperativas de catadores são as que mais movimentam o ramo, de acordo com o Cempre, eles são os principais responsáveis pelos altos índices de reciclagem de materiais como alumínio (73%) e papelão (71%), colocando o Brasil entre os maiores recicladores desses materiais.

Como ajudar na reciclagem de materiais

Muitas pessoas se perguntam como podem colaborar quando se trata de reciclagem. A maneira mais simples é separar o lixo em sacolas na própria casa. Alguns itens que podem ser reciclados – como papéis, papelão, metais, alumínio, vidro e plásticos – devem ser separados do lixo úmido, que são os restos de comida, ou seja, material orgânico.

Depois de separados, cuide dos resíduos secos limpando os materiais recicláveis, amassando as embalagens para diminuir o volume e separando os vidros, plásticos, papéis e metais, que são os materiais mais comuns. Já nas ruas é necessário jogar o lixo no coletor correto de acordo com a cor e o material indicado no mesmo.

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns Juliana, ficou otimo seu texto, seu blog tambem tah massa .

abrass
João ( Santista)