Estudantes formados em Técnico em Química fazem projeto inovador.
ALEX CONTIN
Muita gente não sabe o que fazer com pilhas usadas. Empresas orientam não jogá-las no lixo comum, pois elementos de sua composição são tóxicos e podem contaminar a natureza quando o aterro comum não tem uma estrutura adequada.
Recém-formados no curso de Técnico em Química, três ex-alunos da Escola Técnica Estadual "Trajano Camargo" encontraram uma possível solução para este problema. A pasta eletrolítica, principal componente responsável pela energia das pilhas, agora pode ser reutilizada na produção de pigmentos para pisos de cerâmica.
O projeto de Deborah Asbahr, Camilla Bruzadelli e Alan de Andrade, por conta de sua característica inovadora, representará o Brasil na "Intel Isef" (na sigla inglesa, Feira Internacional de Ciência e Engenharia) nos Estados Unidos, de 11 a 18 de maio.
Denominado Reciclo, o projeto conquistou o primeiro lugar na categoria "Ciências Exatas e da Terra" na 6ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace). O evento ocorreu na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.
O projeto foi apresentado como trabalho de conclusão do curso de Técnico em Química. Ele propõe uma utilidade para pilhas usadas, que geralmente são descartadas com o lixo comum e enviadas aos aterros sanitários especializados, usinas de compostagem ou incineradoras. A coleta dessas pilhas, porém, é debilitada e, se jogada no lixo comum, o destino será os aterros comuns.
O principal componente poluidor da pilha - a pasta eletrolítica - é feita de metais pesados - como manganês, zinco e ferro - que poluem o ambiente. Os alunos propuseram o reaproveitamento da pasta, purificando-a e produzindo um pigmento salmão usado na produção de vitro-cerâmicas.
O problema
Enquanto as baterias de celulares são compradas somente na rede autorizada, as pilhas podem ser compradas tanto de camelôs quanto de grandes redes de lojas.
Com inúmeras finalidades, muitas pessoas simplesmente jogam no lixo, queimam, lançam em rios ou em terrenos baldios. Ela é considerada um lixo químico doméstico altamente perigoso.
As pilhas e baterias são hoje um grave problema ambiental. No Brasil, são produzidas, anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), cerca de 800 milhões de pilhas, entre as chamadas secas (zinco-carbono) e alcalinas.
Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados: zinco, chumbo e manganês, além de substâncias perigosas, como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha de tipo alcalina contém também o mercúrio, altamente tóxica.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
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Um comentário:
Quando fiqei sabendo sobre esse tipo de recilcagem estava assistindo o Futura quando apresentaram um programa sobre estes alunos,
muito bom este tema velho, estou pensando em seguir essa linha de raciocinio para meu projeto de conclusão de Curso Tecnico em Quimica, gostaria de saber se voces poderiam me ajudar em alguma maneira, com informações e/ou dicas sobre o mesmo, desde já agradeço por tudo.
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