A produção da cana-de-açúcar tem sido estimulada com o aumento do uso do biodiesel. Porém, o crescimento dessa cultura pode trazer alguns problemas. Confira a matéria de Juliano Schiavo e Kendra Martins, que entrevistam a bióloga Cláudia Brasil sobre os malefícios da monocultura da cana-de-açúcar.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Operação Inverno busca conscientizar população sobre queimadas
Queimadas causam problemas ambientais, sociais e de saúde pública.
ROGÉRIO TADEU RUEDA JUNIOR
As queimadas têm sido objeto de grande preocupação e polêmica em todo o Brasil. Nesta época do ano, período de estiagem, elas causam muitos problemas ao meio ambiente, à qualidade do ar e para a saúde pública.
Pensando nisso, o departamento de Defesa Civil de Limeira, ligado à Secretaria Municipal de Segurança Pública, desenvolve, há 10 anos, com apoio das secretarias municipais, órgãos estaduais e federais, a Operação inverno, que visa conscientizar a população sobre os devidos cuidados que devem ser tomados com o ar que se respira.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Miquéas Balmant, é muito importante que as pessoas tenham a consciência de não provocar queimadas. Para isso, estão sendo distribuídos folhetos informativos sobre os efeitos dos poluentes à saúde, e campanhas educativas são realizadas nas escolas da cidade.
Para ele, as pessoas vêm de uma cultura em que o fogo é bom para limpeza dos terrenos, mas sem saber os reais danos desta prática, principalmente a degradação da qualidade de ar.
“O maior problema, entretanto, é a queima da palha de cana-de-açúcar procedendo a colheita, geralmente iniciada em abril ou maio e se estendendo até novembro”, explica.
Já os principais motivos apontados pelos produtores da região para aplicação do corte manual são o barateamento do custo da colheita e o provável impacto social que provocaria a mecanização.
A queimada seria justificada pela eliminação de animais peçonhentos do entorno das plantações, trazendo maior segurança ao trabalhador, além do fato de facilitar o corte ao eliminar impurezas e reduzir perdas.
Fiscalização
De acordo com a Assessoria Geral de Comunicações da Prefeitura de Limeira, a responsabilidade pela fiscalização da lei é da Defesa Civil, junto a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a Polícia Florestal.
Segundo a socióloga da Cetesb, Vera Lúcia Namura, a grande característica da Operação Inverno é unir os órgãos para realizarem uma ação conjunta, objetivando o controle dos impactos de poluentes neste período crítico no município.
Ela também conta que, neste ano, a comissão formada para discutir as propostas que visam evitar o aumento da concentração de poluentes, provocados pela redução dos ventos e das chuvas, vai estudar a possível fiscalização sobre veículos movidos a diesel, especialmente caminhões e ônibus que estiverem desregulados emitindo uma fumaça escura, muito mais poluente do que a normal.
Legislação
A Lei nº 3.963/05, com fundamento de que a prática de queimada é primitiva, prevê aplicação de multa. O valor varia entre R$ 50 mil a R$ 500 mil, dependendo da quantidade de infrações.
Ocorrências
No ano de 2007, a Operação Inverno registrou 242 ocorrências – de emissão de fumaça das caldeiras de indústrias, veículos com motor desregulado, poeira das ruas sem asfalto, queima de lixo, mato, palha de cana, resíduos sólidos industriais, pneus e fuligem.
Denúncias No caso de ser avistado algum foco de incêndio na cidade, além de ligar no 199 da Defesa Civil, a Prefeitura de Limeira informa que as pessoas devem acionar também o Corpo de Bombeiros pelo 193, a Guarda Municipal no 153 e a Polícia Militar através do 190.
Ouça a reportagem:
ROGÉRIO TADEU RUEDA JUNIOR
As queimadas têm sido objeto de grande preocupação e polêmica em todo o Brasil. Nesta época do ano, período de estiagem, elas causam muitos problemas ao meio ambiente, à qualidade do ar e para a saúde pública.
Pensando nisso, o departamento de Defesa Civil de Limeira, ligado à Secretaria Municipal de Segurança Pública, desenvolve, há 10 anos, com apoio das secretarias municipais, órgãos estaduais e federais, a Operação inverno, que visa conscientizar a população sobre os devidos cuidados que devem ser tomados com o ar que se respira.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Miquéas Balmant, é muito importante que as pessoas tenham a consciência de não provocar queimadas. Para isso, estão sendo distribuídos folhetos informativos sobre os efeitos dos poluentes à saúde, e campanhas educativas são realizadas nas escolas da cidade.
Para ele, as pessoas vêm de uma cultura em que o fogo é bom para limpeza dos terrenos, mas sem saber os reais danos desta prática, principalmente a degradação da qualidade de ar.
“O maior problema, entretanto, é a queima da palha de cana-de-açúcar procedendo a colheita, geralmente iniciada em abril ou maio e se estendendo até novembro”, explica.
Já os principais motivos apontados pelos produtores da região para aplicação do corte manual são o barateamento do custo da colheita e o provável impacto social que provocaria a mecanização.
A queimada seria justificada pela eliminação de animais peçonhentos do entorno das plantações, trazendo maior segurança ao trabalhador, além do fato de facilitar o corte ao eliminar impurezas e reduzir perdas.
Fiscalização
De acordo com a Assessoria Geral de Comunicações da Prefeitura de Limeira, a responsabilidade pela fiscalização da lei é da Defesa Civil, junto a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a Polícia Florestal.
Segundo a socióloga da Cetesb, Vera Lúcia Namura, a grande característica da Operação Inverno é unir os órgãos para realizarem uma ação conjunta, objetivando o controle dos impactos de poluentes neste período crítico no município.
Ela também conta que, neste ano, a comissão formada para discutir as propostas que visam evitar o aumento da concentração de poluentes, provocados pela redução dos ventos e das chuvas, vai estudar a possível fiscalização sobre veículos movidos a diesel, especialmente caminhões e ônibus que estiverem desregulados emitindo uma fumaça escura, muito mais poluente do que a normal.
Legislação
A Lei nº 3.963/05, com fundamento de que a prática de queimada é primitiva, prevê aplicação de multa. O valor varia entre R$ 50 mil a R$ 500 mil, dependendo da quantidade de infrações.
Ocorrências
No ano de 2007, a Operação Inverno registrou 242 ocorrências – de emissão de fumaça das caldeiras de indústrias, veículos com motor desregulado, poeira das ruas sem asfalto, queima de lixo, mato, palha de cana, resíduos sólidos industriais, pneus e fuligem.
Denúncias No caso de ser avistado algum foco de incêndio na cidade, além de ligar no 199 da Defesa Civil, a Prefeitura de Limeira informa que as pessoas devem acionar também o Corpo de Bombeiros pelo 193, a Guarda Municipal no 153 e a Polícia Militar através do 190.
Ouça a reportagem:
Consciência ambiental: Como você prática?
RITA AP. WEHMUTH GARCIA
Você já ouviu falar nos 4 R´s?
Eles são as iniciais de Reduza, Reutilize, Recicle e Repense.
Os 4 R´s são os princípios básicos para pensar melhor sobre atitudes que colaboram com a preservação do meio ambiente e ajudam a desenvolver a consciência ambiental.
Os recursos naturais estão escassos e as pessoas estão desorientadas quanto à intensidade dos impactos que causam ao meio ambiente com suas ações. Não são apenas os países industrializados ou grandes empresas que poluem e precisam desenvolver a conscientização ambiental.
Para que a consciência ambiental seja uma realidade, devemos começar a agir em casa. Ouvimos algumas pessoas para saber o que elas fazem no dia-a-dia para colaborar com a preservação do meio ambiente.
Acompanhe o vídeo:
Você já ouviu falar nos 4 R´s?
Eles são as iniciais de Reduza, Reutilize, Recicle e Repense.
Os 4 R´s são os princípios básicos para pensar melhor sobre atitudes que colaboram com a preservação do meio ambiente e ajudam a desenvolver a consciência ambiental.
Os recursos naturais estão escassos e as pessoas estão desorientadas quanto à intensidade dos impactos que causam ao meio ambiente com suas ações. Não são apenas os países industrializados ou grandes empresas que poluem e precisam desenvolver a conscientização ambiental.
Para que a consciência ambiental seja uma realidade, devemos começar a agir em casa. Ouvimos algumas pessoas para saber o que elas fazem no dia-a-dia para colaborar com a preservação do meio ambiente.
Acompanhe o vídeo:
Água pode ter qualidade comprometida em Limeira
RENATA CARRASCOZA DOS REIS
Em Limeira, já se levantou a hipótese de falta de água nos próximos 10 anos. A cidade é abastecida pelo Rio Jaguari, e a Bacia do Pinhal, que fica no município, como fonte alternativa da cidade. Entretanto, falta preservação, sobretudo em relação a assoreamento e mata ciliar.
Não se trata de uma simples previsão. A disponibilidade hídrica da região, incluindo Limeira, já se compara a de países semidesérticos, como Israel e Egito, por exemplo. O fato está exposto no plano de avaliação do Comitê das Bacias Hidrográficas - Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí CBH - PCJ) e foi divulgado pelo diretor de Recursos Hídricos de Limeira, Dirceu Brasil Vieira, que também é coordenador do curso de Engenharia Ambiental do Isca Faculdades.
Mas, foi o secretário executivo do Consórcio PCJ e coordenador geral da Agência de Água, Francisco Carlos Castro Lahóz, que explicou melhor essa situação, que já preocupou bastante gente, inclusive algumas autoridades.
Para explicar o fato de Limeira poder ter comprometimento no que diz respeito à qualidade de água, ele citou o Sistema Cantareira. Mas o que é o Sistema Cantareira?
De acordo com ele, são vários reservatórios, sendo três no Estado de São Paulo. “Antes de 2004, quando foi assinado um acordo pela Sabesp, a prioridade era a Grande São Paulo. Depois, passou-se a ter em 84,5% do tempo, garantidos 31 metros cúbicos por segundo para a Grande São Paulo e 5 metros cúbicos por segundo para a Bacia do Rio Piracicaba, através das comportas dos reservatórios do Jaguari e do Jacareí, dos reservatórios de Cachoeira e Atibainha”.
Acordo
O que ele quis dizer com essas informações é que mesmo com esse acordo e se houver estiagem, o abastecimento será mantido. Não só para Limeira, mas também para os municípios que ficam na calha do Jaguari ou na calha do Atibaia.
Ou seja, a dificuldade maior em Limeira é a qualitativa. “É como acontece em Piracicaba, que tem a junção dos rios Jaguari com o Atibaia. Muitas vezes passam 20 metros cúbicos por segundo e há necessidade apenas de um e meio metro cúbico por segundo. Mas, o problema é que essa pequena quantidade necessária não tem qualidade para servir a população”. Segundo ele, os tratamentos convencionais não seriam suficientes.
Equacionar riscos
Contudo, o risco seria qualitativo e não quantitativo. Mas, como equacionar para que Limeira não tenha outros problemas?
“O Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) tem tomado providências no aspecto do seu plano de bacias. Tem sido priorizado o tratamento de esgotos e, com a cobrança estadual, implantada no ano passado e a cobrança federal, em vigor desde 2006, teremos, nesse ano, um montante financeiro acima de R$ 30 milhões liberados para projetos e também para algumas obras”.
Lahóz esclareceu que os recursos da cobrança não equacionarão a falta de recursos financeiros, mas permitirá a estruturação, como a elaboração de projetos executivos, e de licenças ambientais, que permitem aos próprios serviços de água, buscarem na própria Caixa Econômica Federal (CEF) e outras fontes, captarem esses recursos.
“Então o que eu diria é: ‘Se o que nós já estamos fazendo prevalecer, o que se pode ter em alguns momentos, quanto ao Rio Jaguari, é que o serviço de água, no caso a concessionária Águas de Limeira, terá que ter uma sofisticação maior no seu tratamento, embora, atualmente, já tenha uma qualidade muito grande no que diz respeito a tratamento’”.
Tudo isso porque, segundo ele, não se pode esquecer que a população cresce e há também o próprio desenvolvimento e, sendo assim, conseqüentemente, um maior consumo e menor diluição.
Pinhal
Então qual é a saída? Para ele, a saída é tratar os esgotos. Mas, isso tudo tem sido feito, de acordo com o coordenador geral da Agência de Água. “Então, é importante que o Pinhal esteja preparado, não só para situações emergenciais, mas para o futuro”.
E como preparar a Bacia do Pinhal? “Utilizando também os próprios recursos da cobrança do uso da água. Por ser um manancial menor, ele requer investimentos menores e há a possibilidade, desde que bons projetos sejam apresentados e haja preocupação das autoridades”.
Conforme as regras do Comitê, os projetos são pontuados tecnicamente. Com isso, de acordo com Lahóz, se a população de Limeira deseja que o Pinhal ofereça melhor qualidade de vida, é preciso que projetos - e não só projetos que dependem da concessionária, mas de ONGs, da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura - devem ser apresentados, para que se possa ter uma bacia local recuperada e em condições de atender ao Jaguari a qualquer momento”.
Ele também vê o Pinhal como fonte alternativa de abastecimento extremamente importante, ao contrário de outros municípios, que não têm esse benefício. “Só que tem que investir e realmente dar importância”. O problema, segundo ele, é que passaram-se vários anos sem ações e sem a cultura preservacionista.
Para o coordenador geral da Agência de Água, o agricultor não tem culpa por não ter tido a cultura de preservar as margens dos rios. Mas, agora, é preciso conscientizá-lo.
Tudo isso porque, na opinião dele, a situação e as previsões não preocupam apenas Limeira, mas uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes nas imediações, sendo 9 milhões abastecidos pelo Sistema Cantareira, que tem as cabeceiras que começam na região.
“Estamos falando do abastecimento do segundo parque industrial do País e também de uma Bacia Hidrográfica que tem uma irrigação significativa”.
“Organizem-se!”, recomenda coordenador da Agência de Água
“Eu acho que não é questão de alarmismo e nem preocupação para a cidade de Limeira, mas se eu pudesse fazer uma recomendação para a população, eu diria o seguinte: Organizem-se através de associações tanto de engenheiros como de classes. Outra sugestão é que a própria Prefeitura, através dos departamentos responsáveis, crie grupos visando banco de projetos para a recuperação ambiental, para o tratamento dos esgotos, procurar as licenças ambientais para que, quando ocorram incentivos financeiros, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), haja possibilidade de captar o recurso. E, para isso, é preciso estar preparado”.
Segundo ele, o próprio Comitê PCJ está criando a cultura de um banco de projetos e, com isso, têm-se conseguido inúmeros recursos federais, por exemplo. “Então, mais do que criticar, reclamar, eu digo, organizem-se e estejam aptos para todas as oportunidades de investimento. Sou um otimista e acredito que vamos superar. Além disso, eu também sonho com um Pinhal revitalizado, não só para acudir o Jaguari, mas para que Limeira tenha orgulho de ter um manancial local em condições de mostrar para o mundo que é possível fazer isso”.
Em Limeira, já se levantou a hipótese de falta de água nos próximos 10 anos. A cidade é abastecida pelo Rio Jaguari, e a Bacia do Pinhal, que fica no município, como fonte alternativa da cidade. Entretanto, falta preservação, sobretudo em relação a assoreamento e mata ciliar.
Não se trata de uma simples previsão. A disponibilidade hídrica da região, incluindo Limeira, já se compara a de países semidesérticos, como Israel e Egito, por exemplo. O fato está exposto no plano de avaliação do Comitê das Bacias Hidrográficas - Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí CBH - PCJ) e foi divulgado pelo diretor de Recursos Hídricos de Limeira, Dirceu Brasil Vieira, que também é coordenador do curso de Engenharia Ambiental do Isca Faculdades.
Mas, foi o secretário executivo do Consórcio PCJ e coordenador geral da Agência de Água, Francisco Carlos Castro Lahóz, que explicou melhor essa situação, que já preocupou bastante gente, inclusive algumas autoridades.
Para explicar o fato de Limeira poder ter comprometimento no que diz respeito à qualidade de água, ele citou o Sistema Cantareira. Mas o que é o Sistema Cantareira?
De acordo com ele, são vários reservatórios, sendo três no Estado de São Paulo. “Antes de 2004, quando foi assinado um acordo pela Sabesp, a prioridade era a Grande São Paulo. Depois, passou-se a ter em 84,5% do tempo, garantidos 31 metros cúbicos por segundo para a Grande São Paulo e 5 metros cúbicos por segundo para a Bacia do Rio Piracicaba, através das comportas dos reservatórios do Jaguari e do Jacareí, dos reservatórios de Cachoeira e Atibainha”.
Acordo
O que ele quis dizer com essas informações é que mesmo com esse acordo e se houver estiagem, o abastecimento será mantido. Não só para Limeira, mas também para os municípios que ficam na calha do Jaguari ou na calha do Atibaia.
Ou seja, a dificuldade maior em Limeira é a qualitativa. “É como acontece em Piracicaba, que tem a junção dos rios Jaguari com o Atibaia. Muitas vezes passam 20 metros cúbicos por segundo e há necessidade apenas de um e meio metro cúbico por segundo. Mas, o problema é que essa pequena quantidade necessária não tem qualidade para servir a população”. Segundo ele, os tratamentos convencionais não seriam suficientes.
Equacionar riscos
Contudo, o risco seria qualitativo e não quantitativo. Mas, como equacionar para que Limeira não tenha outros problemas?
“O Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) tem tomado providências no aspecto do seu plano de bacias. Tem sido priorizado o tratamento de esgotos e, com a cobrança estadual, implantada no ano passado e a cobrança federal, em vigor desde 2006, teremos, nesse ano, um montante financeiro acima de R$ 30 milhões liberados para projetos e também para algumas obras”.
Lahóz esclareceu que os recursos da cobrança não equacionarão a falta de recursos financeiros, mas permitirá a estruturação, como a elaboração de projetos executivos, e de licenças ambientais, que permitem aos próprios serviços de água, buscarem na própria Caixa Econômica Federal (CEF) e outras fontes, captarem esses recursos.
“Então o que eu diria é: ‘Se o que nós já estamos fazendo prevalecer, o que se pode ter em alguns momentos, quanto ao Rio Jaguari, é que o serviço de água, no caso a concessionária Águas de Limeira, terá que ter uma sofisticação maior no seu tratamento, embora, atualmente, já tenha uma qualidade muito grande no que diz respeito a tratamento’”.
Tudo isso porque, segundo ele, não se pode esquecer que a população cresce e há também o próprio desenvolvimento e, sendo assim, conseqüentemente, um maior consumo e menor diluição.
Pinhal
Então qual é a saída? Para ele, a saída é tratar os esgotos. Mas, isso tudo tem sido feito, de acordo com o coordenador geral da Agência de Água. “Então, é importante que o Pinhal esteja preparado, não só para situações emergenciais, mas para o futuro”.
E como preparar a Bacia do Pinhal? “Utilizando também os próprios recursos da cobrança do uso da água. Por ser um manancial menor, ele requer investimentos menores e há a possibilidade, desde que bons projetos sejam apresentados e haja preocupação das autoridades”.
Conforme as regras do Comitê, os projetos são pontuados tecnicamente. Com isso, de acordo com Lahóz, se a população de Limeira deseja que o Pinhal ofereça melhor qualidade de vida, é preciso que projetos - e não só projetos que dependem da concessionária, mas de ONGs, da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura - devem ser apresentados, para que se possa ter uma bacia local recuperada e em condições de atender ao Jaguari a qualquer momento”.
Ele também vê o Pinhal como fonte alternativa de abastecimento extremamente importante, ao contrário de outros municípios, que não têm esse benefício. “Só que tem que investir e realmente dar importância”. O problema, segundo ele, é que passaram-se vários anos sem ações e sem a cultura preservacionista.
Para o coordenador geral da Agência de Água, o agricultor não tem culpa por não ter tido a cultura de preservar as margens dos rios. Mas, agora, é preciso conscientizá-lo.
Tudo isso porque, na opinião dele, a situação e as previsões não preocupam apenas Limeira, mas uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes nas imediações, sendo 9 milhões abastecidos pelo Sistema Cantareira, que tem as cabeceiras que começam na região.
“Estamos falando do abastecimento do segundo parque industrial do País e também de uma Bacia Hidrográfica que tem uma irrigação significativa”.
“Organizem-se!”, recomenda coordenador da Agência de Água
“Eu acho que não é questão de alarmismo e nem preocupação para a cidade de Limeira, mas se eu pudesse fazer uma recomendação para a população, eu diria o seguinte: Organizem-se através de associações tanto de engenheiros como de classes. Outra sugestão é que a própria Prefeitura, através dos departamentos responsáveis, crie grupos visando banco de projetos para a recuperação ambiental, para o tratamento dos esgotos, procurar as licenças ambientais para que, quando ocorram incentivos financeiros, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), haja possibilidade de captar o recurso. E, para isso, é preciso estar preparado”.
Segundo ele, o próprio Comitê PCJ está criando a cultura de um banco de projetos e, com isso, têm-se conseguido inúmeros recursos federais, por exemplo. “Então, mais do que criticar, reclamar, eu digo, organizem-se e estejam aptos para todas as oportunidades de investimento. Sou um otimista e acredito que vamos superar. Além disso, eu também sonho com um Pinhal revitalizado, não só para acudir o Jaguari, mas para que Limeira tenha orgulho de ter um manancial local em condições de mostrar para o mundo que é possível fazer isso”.
O rio de Piracicaba
MÁRCIO GEREMIAS
O Rio Piracicaba é um rio brasileiro do Estado de São Paulo. É o maior afluente em volume de água do rio Tietê. É também um dos mais importantes rios paulistas e responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Campinas e parte da Grande São Paulo.
A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba estende-se por uma área de 12.000 km², situada no sudeste do Estado de São Paulo e extremo sul de Minas Gerais.
O Rio Piracicaba nasce da junção dos rios Atibaia e Jaguari, no município de Americana. Após atravessar a cidade de Piracicaba, recebe as águas de seu principal afluente, o rio Corumbataí. O rio Piracicaba percorre mais de 100 km de sua formação até a sua foz no rio Tietê, entre os municípios de Santa Maria da Serra e Barra Bonita.
O Piracicaba possui diversos meandros, que transformam o leito sinuoso, porém tranqüilo, apto para a navegação de embarcações de menor porte após a cidade de Piracicaba. Seus meandros são a origem do nome do rio, que em tupi significa "lugar onde o peixe pára".
A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba localiza-se numa das regiões mais desenvolvidas do Estado de São Paulo, abrangendo importantes municípios, como Bragança Paulista, Campinas, Limeira, Americana, Atibaia, Rio Claro, Santa Bárbara d'Oeste e Piracicaba.
O Piracicaba foi utilizado como rota fluvial de acesso ao Mato Grosso e Paraná no século 18 e cidades como Piracicaba foram fundadas nas suas proximidades.
Ao longo dos séculos 19 e 20, o rio foi utilizado como rota de navegação de pequenos vapores e como fonte de abastecimento para engenhos e fazendas de cana-de-açúcar e café.
Por volta de 1960, o governo paulista decide reforçar o abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo e constrói diversas represas nas nascentes da Bacia Hidrográfica do Piracicaba, formando, assim, o Sistema Cantareira, maior responsável pelo abastecimento de água de São Paulo, que capta e desvia águas dos formadores do Rio Piracicaba, reduzindo, assim, o nível de água do rio e de seus afluentes.
Por volta de 1980, a industrialização e metropolização de Campinas levam a uma crescente contaminação das águas já escassas do Piracicaba e o rio chega ao século 21 como um dos mais contaminados do país.
Nos últimos anos, a criação de grupos de pressão, maior fiscalização e negociações quanto à reversão das águas feita pelo Sistema Cantareira, além da construção de estações de tratamento de esgoto em algumas cidades, evitaram que o quadro se agravasse ainda mais, porém, o Piracicaba continua registrando águas impróprias para consumo humano e animal em grande parte do seu curso.
A navegação no Piracicaba poderá ser retomada com a construção de uma barragem próxima à foz do rio, em Santa Maria da Serra, que possibilitaria a navegação do rio até as proximidades da cidade de Piracicaba e interligaria a região de Campinas à Hidrovia Tietê Paraná, porém, o projeto ainda não possui previsão de efetivação.
O Rio Piracicaba atravessa uma das regiões mais antigas de ocupação do Estado de São Paulo e está firmemente situado na cultura da cidade de Piracicaba, que cresceu ao longo de suas margens.
Em Piracicaba, diversas festas populares são realizadas às margens do rio; a figura do pescador caipira ainda resiste e a música caipira típica daquela região imortalizou o rio na música Rio de Lágrimas.
Poluição no Rio Piracicaba
De acordo com Rosângela Silva, responsável pela área de comunicação da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) de Piracicaba e Agência Ambiental Unificada de Piracicaba, a poluição no Rio Piracicaba está cada vez pior.
Segundo ela, um rio sem poluição é aquele em que os peixes e as plantas crescem naturalmente, tem águas limpas e cristalinas. Sua água serve para regar plantações, tomar banhos e também para beber. Para um rio ser assim, é preciso que não se jogue lixo, nem esgoto diretamente nele.
Veja os gráficos com os níveis de poluição dos rios da Bacia do Rio Piracicaba
Águas poluídas causam mortes aos peixes
Segundo Rosângela, a poluição da água do Rio Piracicaba se dá pela introdução de materiais químicos, físicos e biológicos que estragam a qualidade da água e afetam o organismo dos seres vivos.
Esse processo vai desde simples saquinhos de papel até os mais perigosos poluentes tóxicos, como os pesticidas, metais pesados (mercúrio, cromo, chumbo) e detergentes.
A poluição mais comum no Rio Piracicaba é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento da cidade e de sua população aumentou os problemas, porque o tratamento de esgotos e fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano e, com isso, o número de pessoas poluindo os rios aumentou.
Poluição química é umas das que mais preocupam
Produtos químicos e sujeira dos esgotos são jogados diretamente nos rios ou afetam os lençóis d’água que formam as nascentes. O excesso de sujeira funciona como um escudo para a luz do sol, afetando o leito dos rios e seu ciclo biológico. Ou seja, as plantas e animais que neles vivem passam a sofrer problemas.
Por exemplo: o nitrogênio e o fósforo são elementos essenciais para a vida aquática, mas o excesso desses elementos, provocado pela poluição, pode causar um crescimento acelerado na vegetação aquática. Com isso, sobra menos oxigênio, podendo até mesmo matar os peixes daquele rio ou lagoa.
Talvez mais perigosa do que o lixo dos esgotos é a poluição química das indústrias, que jogam toneladas e mais toneladas de produtos químicos diretamente nos rios, sem qualquer processo de filtragem.
Um exemplo dessa poluição é a exploração de ouro nos rios da Amazônia. Usa-se, por exemplo, o mercúrio para separar o ouro de outros materiais. Esse mercúrio, depois de usado, é jogado diretamente nos rios, matando grande quantidade de peixes e plantas. Com isso, nem os seres vivos dos rios podem sobreviver, nem o homem pode usar a água para beber, tomar banho ou regar plantações.
Evitando e combatendo a poluição nos rios
Segundo Rosângela, para evitar poluições nos rios, devemos:
* Não jogar lixos nas águas dos rios,
* Não canalizar esgoto diretamente para os rios,
* Não desperdiçar água, em casa ou em qualquer outro lugar,
* Observar se alguma indústria está poluindo algum rio e avisar as autoridades sobre a ocorrência.
Água: cada vez mais escassa no mundo
Segundo Felipe Rufino Nolasco, professor de Química, a água é fundamental para a vida no planeta e tem se tornado uma preocupação em todas as partes do mundo.
O uso irracional e a poluição de rios e lagos podem ocasionar, em breve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mudança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural.
Os principais fatores de deterioração do Rio Piracicaba, segundo Nolasco, são a poluição e a contaminação por produtos químicos e esgotos.
Doenças causadas pelas águas contaminadas
De acordo com Nolasco, cerca de um milhão de pessoas não têm acesso à água potável. Em razão desses graves problemas, espalham-se diversas epidemias de doenças como diarréia, leptospirose, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de saúde destes países.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no dia-a-dia, as pessoas podem colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão.
O Rio Piracicaba é um rio brasileiro do Estado de São Paulo. É o maior afluente em volume de água do rio Tietê. É também um dos mais importantes rios paulistas e responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Campinas e parte da Grande São Paulo.
A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba estende-se por uma área de 12.000 km², situada no sudeste do Estado de São Paulo e extremo sul de Minas Gerais.
O Rio Piracicaba nasce da junção dos rios Atibaia e Jaguari, no município de Americana. Após atravessar a cidade de Piracicaba, recebe as águas de seu principal afluente, o rio Corumbataí. O rio Piracicaba percorre mais de 100 km de sua formação até a sua foz no rio Tietê, entre os municípios de Santa Maria da Serra e Barra Bonita.
O Piracicaba possui diversos meandros, que transformam o leito sinuoso, porém tranqüilo, apto para a navegação de embarcações de menor porte após a cidade de Piracicaba. Seus meandros são a origem do nome do rio, que em tupi significa "lugar onde o peixe pára".
A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba localiza-se numa das regiões mais desenvolvidas do Estado de São Paulo, abrangendo importantes municípios, como Bragança Paulista, Campinas, Limeira, Americana, Atibaia, Rio Claro, Santa Bárbara d'Oeste e Piracicaba.
O Piracicaba foi utilizado como rota fluvial de acesso ao Mato Grosso e Paraná no século 18 e cidades como Piracicaba foram fundadas nas suas proximidades.
Ao longo dos séculos 19 e 20, o rio foi utilizado como rota de navegação de pequenos vapores e como fonte de abastecimento para engenhos e fazendas de cana-de-açúcar e café.
Por volta de 1960, o governo paulista decide reforçar o abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo e constrói diversas represas nas nascentes da Bacia Hidrográfica do Piracicaba, formando, assim, o Sistema Cantareira, maior responsável pelo abastecimento de água de São Paulo, que capta e desvia águas dos formadores do Rio Piracicaba, reduzindo, assim, o nível de água do rio e de seus afluentes.
Por volta de 1980, a industrialização e metropolização de Campinas levam a uma crescente contaminação das águas já escassas do Piracicaba e o rio chega ao século 21 como um dos mais contaminados do país.
Nos últimos anos, a criação de grupos de pressão, maior fiscalização e negociações quanto à reversão das águas feita pelo Sistema Cantareira, além da construção de estações de tratamento de esgoto em algumas cidades, evitaram que o quadro se agravasse ainda mais, porém, o Piracicaba continua registrando águas impróprias para consumo humano e animal em grande parte do seu curso.
A navegação no Piracicaba poderá ser retomada com a construção de uma barragem próxima à foz do rio, em Santa Maria da Serra, que possibilitaria a navegação do rio até as proximidades da cidade de Piracicaba e interligaria a região de Campinas à Hidrovia Tietê Paraná, porém, o projeto ainda não possui previsão de efetivação.
O Rio Piracicaba atravessa uma das regiões mais antigas de ocupação do Estado de São Paulo e está firmemente situado na cultura da cidade de Piracicaba, que cresceu ao longo de suas margens.
Em Piracicaba, diversas festas populares são realizadas às margens do rio; a figura do pescador caipira ainda resiste e a música caipira típica daquela região imortalizou o rio na música Rio de Lágrimas.
Poluição no Rio Piracicaba
De acordo com Rosângela Silva, responsável pela área de comunicação da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) de Piracicaba e Agência Ambiental Unificada de Piracicaba, a poluição no Rio Piracicaba está cada vez pior.
Segundo ela, um rio sem poluição é aquele em que os peixes e as plantas crescem naturalmente, tem águas limpas e cristalinas. Sua água serve para regar plantações, tomar banhos e também para beber. Para um rio ser assim, é preciso que não se jogue lixo, nem esgoto diretamente nele.
Veja os gráficos com os níveis de poluição dos rios da Bacia do Rio Piracicaba
Águas poluídas causam mortes aos peixes
Segundo Rosângela, a poluição da água do Rio Piracicaba se dá pela introdução de materiais químicos, físicos e biológicos que estragam a qualidade da água e afetam o organismo dos seres vivos.
Esse processo vai desde simples saquinhos de papel até os mais perigosos poluentes tóxicos, como os pesticidas, metais pesados (mercúrio, cromo, chumbo) e detergentes.
A poluição mais comum no Rio Piracicaba é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento da cidade e de sua população aumentou os problemas, porque o tratamento de esgotos e fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano e, com isso, o número de pessoas poluindo os rios aumentou.
Poluição química é umas das que mais preocupam
Produtos químicos e sujeira dos esgotos são jogados diretamente nos rios ou afetam os lençóis d’água que formam as nascentes. O excesso de sujeira funciona como um escudo para a luz do sol, afetando o leito dos rios e seu ciclo biológico. Ou seja, as plantas e animais que neles vivem passam a sofrer problemas.
Por exemplo: o nitrogênio e o fósforo são elementos essenciais para a vida aquática, mas o excesso desses elementos, provocado pela poluição, pode causar um crescimento acelerado na vegetação aquática. Com isso, sobra menos oxigênio, podendo até mesmo matar os peixes daquele rio ou lagoa.
Talvez mais perigosa do que o lixo dos esgotos é a poluição química das indústrias, que jogam toneladas e mais toneladas de produtos químicos diretamente nos rios, sem qualquer processo de filtragem.
Um exemplo dessa poluição é a exploração de ouro nos rios da Amazônia. Usa-se, por exemplo, o mercúrio para separar o ouro de outros materiais. Esse mercúrio, depois de usado, é jogado diretamente nos rios, matando grande quantidade de peixes e plantas. Com isso, nem os seres vivos dos rios podem sobreviver, nem o homem pode usar a água para beber, tomar banho ou regar plantações.
Evitando e combatendo a poluição nos rios
Segundo Rosângela, para evitar poluições nos rios, devemos:
* Não jogar lixos nas águas dos rios,
* Não canalizar esgoto diretamente para os rios,
* Não desperdiçar água, em casa ou em qualquer outro lugar,
* Observar se alguma indústria está poluindo algum rio e avisar as autoridades sobre a ocorrência.
Água: cada vez mais escassa no mundo
Segundo Felipe Rufino Nolasco, professor de Química, a água é fundamental para a vida no planeta e tem se tornado uma preocupação em todas as partes do mundo.
O uso irracional e a poluição de rios e lagos podem ocasionar, em breve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mudança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural.
Os principais fatores de deterioração do Rio Piracicaba, segundo Nolasco, são a poluição e a contaminação por produtos químicos e esgotos.
Doenças causadas pelas águas contaminadas
De acordo com Nolasco, cerca de um milhão de pessoas não têm acesso à água potável. Em razão desses graves problemas, espalham-se diversas epidemias de doenças como diarréia, leptospirose, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de saúde destes países.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no dia-a-dia, as pessoas podem colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão.
Consciência ambiental chega às empresas
Reciclador ecológico: benefícios ambientais.
Foto: Mauro Martins
PRISCILLA PRATES
A preocupação com a água é um tema cada vez mais discutido. Afinal, para cada litro de água utilizado, outros dez mil são poluídos. Mesmo em países como o Brasil, que detém quase 12% de toda água doce do planeta, a escassez está presente em muitas regiões.
Segundo a ONU (Organizações das Nações Unidas) pouco mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias.
Diante deste quadro, muitas empresas estão cada vez mais conscientes e preocupadas com os problemas relacionados ao meio ambiente.
Dono de uma pequena empresa em Limeira, a Limpágua, Domingos Inocêncio, criou uma máquina que chamou de reciclador ecológico. O equipamento é destinado a oficinas mecânicas, centros automotivos e indústrias, a fim de separar a água da graxa e do óleo, além de impurezas como terra e areia, tornado-a adequada para o reuso.
“Sempre me preocupei com o meio ambiente e descobri que as empresas encontravam dificuldade na hora de separar a água da graxa e do óleo, e impurezas. Por isso, resolvi desenvolver essa máquina, que torna a água apropriada para o reuso ou para ser devolvida ao meio ambiente", conta Inocêncio.
Limpeza
O reciclador ecológico não utiliza nenhum tipo de produto químico, filtro ou energia elétrica. Ele possui câmaras fabricadas em fibra de vidro, evitando qualquer tipo de desgaste. Seu sistema de funcionamento é feito por meio de pesos, tornando o processo contínuo o mais econômico possível.
Além de economizar reutilizando a água e utilizar menor quantidade de produtos para limpeza, o reciclador não polui os lençóis freáticos. “A economia pode chegar até a 80%”, explica o fabricante.
A máquina que custa em média, R$ 2 mil, tem como objetivo trabalhar na prevenção de danos ambientais, pois evita problemas nas redes e nos tratamentos de esgoto. Além do mais, o equipamento é de fácil instalação, operação e limpeza.
Economia
O reciclador atende a normas e parâmetros da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Inocêncio explica que, em um teste, onde em um afluente inicial era 3.590 miligramas de graxas e óleos a cada litro de água descartado (mg/l), o reciclador reduziu para 54 mg/l no efluente de saída, sendo que a norma máxima estabelecida pela legislação é de até 150 mg/l.
Segundo o fabricante, o interesse de empresas pelo reciclador tem aumentado. “Mais de 50 empresas de Limeira e região já adquiriram o reciclador. Tenho clientes de diversas áreas, desde donos de oficinas mecânicas a de lavadoras de carros”.
Inocêncio conta que sua empresa também desenvolveu a recicladora ecológica móvel, banheiro criado com o objetivo de atender o trabalhador nas áreas rurais e onde existir aglomeração de pessoas, estando o local descoberto da rede de esgoto. “Nossa preocupação inclui, ainda, a relação entre as empresas e os colaboradores”, diz.
A natureza pede consciência do homem
Visita a bairro de Limeira mostra o desrespeito ao meio ambiente.
LUCAS CLARO
O vento frio faz com que as belas árvores realizem um verdadeiro balé, em um movimento encantador de galhos e folhas. No jardim Barão de Limeira, é possível observar como a natureza foi generosa com o bairro, propiciando-lhe uma linda paisagem. Pássaros, borboletas, muitas árvores e flores fazem parte do local.
O singelo ato de contemplar a magnitude da natureza é abruptamente interrompido pela força do homem. Uma força que a natureza não consegue vencer. A falta de consciência é daquele que deveria protegê-la, o próprio ser humano.
A pequenina borboleta, com as cores fortemente definidas em tons de vermelho e preto, voa entre as flores e restos de comida, garrafas plásticas, de uísque, papéis e muito entulho.
O pavoroso contraste parece ser sentido pelo inseto holometábolo, ou seja, que passa por inúmeras transformações durante a fase da vida. Talvez a mais aterrorizante das transformações é saber que o homem está destruindo a seu habitat natural.
Esse é o cenário de algumas ruas do bairro de classe média, Barão de Limeira, que leva, no sobrenome, o nome da cidade. Ele fica em uma área de preservação permanente, próximo a uma nascente.
O biólogo da secretaria de meio ambiente de Limeira, Rogério Mesquita, cabelos penteados e com gel, óculos redondos e roupa social, olha o cenário e, descrente, movimenta a cabeça em sinal de reprovação. Ao vê-lo assim, indago:
“Qual a sensação, para você, como um biólogo, ver tudo isso? Existe algum trabalho de educação ambiental na cidade para que isso não aconteça?”
De prontidão, ele responde:
“Fico muito chateado, isso é uma situação gritante. Isso é um recurso natural esgotável. Por falta de educação, as pessoas estão destruindo a natureza. É inaceitável. A cidade possui 100% de cobertura de lixo, e, agora, estamos com trabalhos em 18 eco-pontos da cidade. Mas, por mais que tentamos orientar, sempre existem pessoas que fazem isso, acabam com a natureza”, explicou o biólogo.
Os eco-pontos são locais distribuídos nos bairros de Limeira que servem para a população levar materiais descartáveis, ou ainda, pneus ou entulho, por exemplo.
Aproxima-se das nove da manhã. Os raios do sol brilham com maior intensidade, o que faz elevar a sensação térmica. Cerca de 20 metros à frente, do lado esquerdo da calçada, está Antônio Oliveira, aposentado de 61 anos. De chinelo, bermuda azul marinho e camiseta branca com a frase em inglês: Life Love (amo a vida, em português), o aposentado de pele morena clara e calvo, faz jus à escrita que está na camisa na altura do peito.
De forma organizada, ele coloca o lixo da casa na lixeira. Ao abordá-lo, questiono a respeito da indisciplina de muitas pessoas que jogam lixo em áreas de preservação do meio ambiente, como acontece próximo a casa dele.
Aborrecido seu Antônio fala que as pessoas que fazem isso provavelmente são de outros bairros. Com o olhar distante, observando a sujeira nas proximidades de sua residência, o aposentado não resiste e comenta:
“ As pessoas deveriam amar mais a natureza e, assim, preservar o meio ambiente. E, se gostam de imundice, deveriam fazer dentro da casa delas”,exaltado, reclamou.
O aposentado ainda agradeceu o incentivo da reportagem em divulgar a situação do bairro, que, segundo ele, é lamentável.
Após a conversa com o morador, caminho com o biólogo por mais alguns metros e mais sujeira. Rogério Mesquita, ao se deparar com a situação, reclama: “Mais sujeira. É preciso escalar um pessoal para limpar tudo isso. É uma falta de consciência absurda”.
Voltamos para carro e, no caminho para secretaria de meio ambiente, o biólogo vai mostrando diversos lugares que muitas pessoas jogam entulhos e lixo.
Segundo ele, é preciso um trabalho de conscientização muito grande para que as pessoas preservem aquilo que é de total interesse delas e de suas gerações futuras.
Segundo informações da coordenação do aterro sanitário de Limeira, a cidade produz 150 toneladas de lixo ao dia, o que corresponde a 0,55 tonelada por habitante ao dia.
Limeira possui, ainda, coleta em 100% da cidade, todos os dias na região central e dias alternados nos bairros. A antiga capital nacional da laranja, que hoje atrai os olhos para os folheados, possui ainda uma cooperativa de lixo e um aterro sanitário, que, esse ano, teve a prorrogação por mais dois anos, até a implantação do novo aterro.
Ao analisar a situação da cidade, fica evidente que o cidadão limeirense não tem necessidade de despejar lixo e resíduos domésticos em áreas de preservação permanente.
Para essas pessoas faltam disciplina e educação. Recordo-me do poema de Manoel Bandeira, o bicho que compara o homem a um ser inferior ao animal. Diz o poeta: “[...] O bicho não era um cão. Não era um gato. Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”.
Homem esse dotado de inteligência, mas que, com certeza, precisa utilizá-la antes que seja tarde de mais.
LUCAS CLARO
O vento frio faz com que as belas árvores realizem um verdadeiro balé, em um movimento encantador de galhos e folhas. No jardim Barão de Limeira, é possível observar como a natureza foi generosa com o bairro, propiciando-lhe uma linda paisagem. Pássaros, borboletas, muitas árvores e flores fazem parte do local.
O singelo ato de contemplar a magnitude da natureza é abruptamente interrompido pela força do homem. Uma força que a natureza não consegue vencer. A falta de consciência é daquele que deveria protegê-la, o próprio ser humano.
A pequenina borboleta, com as cores fortemente definidas em tons de vermelho e preto, voa entre as flores e restos de comida, garrafas plásticas, de uísque, papéis e muito entulho.
O pavoroso contraste parece ser sentido pelo inseto holometábolo, ou seja, que passa por inúmeras transformações durante a fase da vida. Talvez a mais aterrorizante das transformações é saber que o homem está destruindo a seu habitat natural.
Esse é o cenário de algumas ruas do bairro de classe média, Barão de Limeira, que leva, no sobrenome, o nome da cidade. Ele fica em uma área de preservação permanente, próximo a uma nascente.
O biólogo da secretaria de meio ambiente de Limeira, Rogério Mesquita, cabelos penteados e com gel, óculos redondos e roupa social, olha o cenário e, descrente, movimenta a cabeça em sinal de reprovação. Ao vê-lo assim, indago:
“Qual a sensação, para você, como um biólogo, ver tudo isso? Existe algum trabalho de educação ambiental na cidade para que isso não aconteça?”
De prontidão, ele responde:
“Fico muito chateado, isso é uma situação gritante. Isso é um recurso natural esgotável. Por falta de educação, as pessoas estão destruindo a natureza. É inaceitável. A cidade possui 100% de cobertura de lixo, e, agora, estamos com trabalhos em 18 eco-pontos da cidade. Mas, por mais que tentamos orientar, sempre existem pessoas que fazem isso, acabam com a natureza”, explicou o biólogo.
Os eco-pontos são locais distribuídos nos bairros de Limeira que servem para a população levar materiais descartáveis, ou ainda, pneus ou entulho, por exemplo.
Aproxima-se das nove da manhã. Os raios do sol brilham com maior intensidade, o que faz elevar a sensação térmica. Cerca de 20 metros à frente, do lado esquerdo da calçada, está Antônio Oliveira, aposentado de 61 anos. De chinelo, bermuda azul marinho e camiseta branca com a frase em inglês: Life Love (amo a vida, em português), o aposentado de pele morena clara e calvo, faz jus à escrita que está na camisa na altura do peito.
De forma organizada, ele coloca o lixo da casa na lixeira. Ao abordá-lo, questiono a respeito da indisciplina de muitas pessoas que jogam lixo em áreas de preservação do meio ambiente, como acontece próximo a casa dele.
Aborrecido seu Antônio fala que as pessoas que fazem isso provavelmente são de outros bairros. Com o olhar distante, observando a sujeira nas proximidades de sua residência, o aposentado não resiste e comenta:
“ As pessoas deveriam amar mais a natureza e, assim, preservar o meio ambiente. E, se gostam de imundice, deveriam fazer dentro da casa delas”,exaltado, reclamou.
O aposentado ainda agradeceu o incentivo da reportagem em divulgar a situação do bairro, que, segundo ele, é lamentável.
Após a conversa com o morador, caminho com o biólogo por mais alguns metros e mais sujeira. Rogério Mesquita, ao se deparar com a situação, reclama: “Mais sujeira. É preciso escalar um pessoal para limpar tudo isso. É uma falta de consciência absurda”.
Voltamos para carro e, no caminho para secretaria de meio ambiente, o biólogo vai mostrando diversos lugares que muitas pessoas jogam entulhos e lixo.
Segundo ele, é preciso um trabalho de conscientização muito grande para que as pessoas preservem aquilo que é de total interesse delas e de suas gerações futuras.
Segundo informações da coordenação do aterro sanitário de Limeira, a cidade produz 150 toneladas de lixo ao dia, o que corresponde a 0,55 tonelada por habitante ao dia.
Limeira possui, ainda, coleta em 100% da cidade, todos os dias na região central e dias alternados nos bairros. A antiga capital nacional da laranja, que hoje atrai os olhos para os folheados, possui ainda uma cooperativa de lixo e um aterro sanitário, que, esse ano, teve a prorrogação por mais dois anos, até a implantação do novo aterro.
Ao analisar a situação da cidade, fica evidente que o cidadão limeirense não tem necessidade de despejar lixo e resíduos domésticos em áreas de preservação permanente.
Para essas pessoas faltam disciplina e educação. Recordo-me do poema de Manoel Bandeira, o bicho que compara o homem a um ser inferior ao animal. Diz o poeta: “[...] O bicho não era um cão. Não era um gato. Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”.
Homem esse dotado de inteligência, mas que, com certeza, precisa utilizá-la antes que seja tarde de mais.
Reciclagem pode beneficiar aterro de Limeira
JULIANA APARECIDA DA SILVA
O fim da vida útil do aterro sanitário de Limeira depende da reciclagem. Ele pode ter seu prazo estendido se as pessoas se conscientizarem a respeito de como é importante separar o lixo que pode ser reciclado do lixo comum. “Não há separação de lixo no aterro”, afirma o funcionário do aterro, João Batista.
Reciclar é uma maneira de diminuir a acumulação progressiva de lixo. As vantagens da reciclagem são várias: cidade limpa, diminuição da poluição do ar, do solo e da terra, economia de matéria-prima, geração de novos empregos e renda de famílias carentes e também oferece oportunidade aos cidadãos de preservar o meio ambiente em que vivem de maneira concreta.
O aterro sanitário de Limeira possui 150.000 m² e recebe resíduos orgânicos, industriais, entulhos, podas e recicláveis gerados pelo município. O sistema de disposição final dos resíduos se faz através de lançamento, compactação e cobertura com terra vegetal, em células preparadas com manta impermeável e drenagem.
Aproximadamente 24 toneladas de lixo são lançados por mês no aterro de Limeira. Cerca de 1,8 mil toneladas não precisariam ser depositadas no local se houvesse maior reciclagem de lixo.
Segundo João Batista, chegam 140 toneladas de lixo doméstico, por dia, no local. Cerca de 50% desse total poderia ser reciclado. O aterro sanitário está localizado na Via Tatuibi, Km 5,5, distante 10 Km do centro da cidade.
Preservação do meio ambiente e geração de renda
Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ambiental, é o fator social. A coleta de material reciclável é, na maioria dos casos, a única fonte de renda dos catadores, que garantem seu sustento através da reciclagem. Cada vez mais surgem trabalhadores que se unem para atuar nessa área.
Os catadores de rua são os maiores responsáveis pelo material recuperado – matéria-prima para as indústrias recicladoras.
Esses trabalhadores estão sempre com seus carrinhos cheios, prestando serviço à cidade. Recebem de acordo com o volume do material recolhido e vendem a intermediários, que repassam a outras empresas. A separação do lixo orgânico para o reciclado ajuda a diminuir a quantidade de lixo que chega ao aterro sanitário da cidade.
Segundo um estudo realizado pela organização não-governamental Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), com investimentos entre R$ 50 mil e R$ 140 mil é possível montar pequenos negócios de reciclagem de plástico e também papel.
As cooperativas de catadores são as que mais movimentam o ramo, de acordo com o Cempre, eles são os principais responsáveis pelos altos índices de reciclagem de materiais como alumínio (73%) e papelão (71%), colocando o Brasil entre os maiores recicladores desses materiais.
Como ajudar na reciclagem de materiais
Muitas pessoas se perguntam como podem colaborar quando se trata de reciclagem. A maneira mais simples é separar o lixo em sacolas na própria casa. Alguns itens que podem ser reciclados – como papéis, papelão, metais, alumínio, vidro e plásticos – devem ser separados do lixo úmido, que são os restos de comida, ou seja, material orgânico.
Depois de separados, cuide dos resíduos secos limpando os materiais recicláveis, amassando as embalagens para diminuir o volume e separando os vidros, plásticos, papéis e metais, que são os materiais mais comuns. Já nas ruas é necessário jogar o lixo no coletor correto de acordo com a cor e o material indicado no mesmo.
Educação Ambiental nas escolas de Limeira
Alunos realizam plantios de mudas
KENDRA L. MARTINS
Para muitas pessoas, a educação ambiental limita-se a trabalhar com assuntos ligados à natureza, como lixo, preservação, paisagens naturais, animais etc. Geralmente, muitos acreditam que apenas as organizações não-governamentais ambientalistas e algumas empresas de maior porte precisam se preocupar com o meio ambiente.
No entanto, a educação ambiental, atualmente, adota uma atitude real na busca de um envolvimento positivo entre o meio ambiente e o homem.
De acordo com o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a educação ambiental é como um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.
A escola é um bom exemplo de aprendizagem, pois é uma das grandes responsáveis pela educação de cada indivíduo e, portanto, de uma parcela da sociedade que tem acesso ao estudo. Uma vez que, na escola, acontece a mediação de informações sobre como colaborar com a preservação do meio ambiente, isso gera um processo pedagógico abrangente entre funcionários, pais e, principalmente, alunos.
Segundo a professora e coordenadora da área de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de Limeira, Dynorá Cappi Redondano, a Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999, estabeleceu a educação ambiental como um componente essencial e permanente, devendo estar presente em todos os níveis de ensino, articulada a outras disciplinas.
Em Limeira, a Educação Ambiental já vem sendo desenvolvida desde 1997, através da Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades, sob a orientação do biólogo Rogério Mesquita.
“A Educação Ambiental é fundamental na formação das crianças, pois desenvolve a conscientização frente aos problemas ambientais do município e vai além da escola, relacionando-se ao país e ao mundo. Assim, coloca o indivíduo como parte integrante de uma ação histórica e suas conseqüências e resgata valores morais, como o respeito ao outro e à natureza, a solidariedade, a responsabilidade, tão importantes para a formação da cidadania”, afirma a professora.
A Secretaria do Meio Ambiente têm desenvolvido vários trabalhos com relação à Educação Ambiental, como:
- Capacitação de coordenadores pedagógicos e professores das escolas, através de cursos, palestras e visitas técnicas.
- Programas de educação ambiental junto ao Consórcio Intermunicipal das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, como: “Semana da água”.
- Sensibilização para a incorporação da coleta seletiva na rotina diária, nas escolas, nas indústrias e em residências, com o intuito de colocar a matéria-prima de volta para o ciclo útil e, desse modo, aumentar a vida do aterro sanitário.
- Orientação para a melhoria da organização da cooperativa municipal de reciclagem.
- Campanhas em favor dos 5Rs: reciclagem, redução, reutilização do lixo, reflexão e recusa da utilização de materiais que produzam mais lixo.
- Produção de materiais informativos e didáticos, como folhetos, folders e livros, que são distribuídos nas escolas e para a população em geral.
- Conscientização da população sobre a utilização dos eco-pontos para descarte de resíduos da construção civil.
- Ações coletivas de plantio de mudas para reflorestamento, com a participação de escolas, comunidades, associações de bairro, Ongs etc.
- Parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no desenvolvimento de projetos, como Mutirão Verde, Mutirão azul etc.
- Participação e acompanhamento das ações do MÊS (Município Educador Sustentável).
- Alinhamento de projetos municipais com a Política Nacional de Meio Ambiente – Ministério do Meio Ambiente.
- Acompanhamento de projetos desenvolvidos nas escolas. Atualmente existem vários projetos que serão iniciados, por exemplo: Recuperação da área em frente à EMEIEF Benedicta de Toledo, Sucatoteca na EMEIEF Mário de Souza Queiroz, Coleta Seletiva na EMEIEF M. Ap. Julianelli, EMEIEF Cassiana Soares Lenci, EMEIEF Maria Thereza S. B. Camargo, Reutilização de materiais nas escolas EMEIEF Creso Coimbra e CI Dinah Bertolini, conscientização sobre o uso da água, entre outras.
Escolas de Limeira incentivam a Educação Ambiental
A coordenadora pedagógica do Centro Educacional Sesi 408, Silvania Aparecida de Andrade Fiori, explica que, além da conscientização para a não poluição de rios, lagos e lençóis freáticos, os professores mostram aos alunos que algo aparentemente sem função pode se transformar em um produto útil, evitando, assim, o desperdício. No caso, a escola trabalha em parceria com a empresa “Pronto óleo”, que produz massa para vidro.
Os alunos do ensino médio, com o apoio de professores, coordenação e demais funcionários, são responsáveis pela divulgação da campanha e arrecadação do óleo de cozinha usado, através de gincana mensal entre as classes.
“Conscientizar os alunos de que as expressões ‘aquecimento global’ e ‘desperdício’ não são apenas modismos e, depois, fazê-los compreender que eles também devem ser agentes no cuidado com o meio ambiente a fim de preservá-lo para as gerações futuras”, conclui Silvania.
Já o Colégio Jandyra Antunes Rosa, desde setembro de 1998, implementou o Projeto Plantar nas suas atividades pedagógicas sob a coordenação do diretor da escola, José Geraldo Pena de Andrade. Todo ano, próximo ao Dia da Árvore, em 21 de setembro, é feito o “Passeio da Primavera”. Os pais, alunos e educadores saem, às 9 horas, em direção ao espaço do plantio e voltam em torno das treze horas.
Em 2000, o Projeto Plantar foi premiado no concurso Fachadas e Jardins, na categoria especial. O evento homenageia quem desenvolve algum trabalho para a melhoria da visibilidade da cidade de Limeira ao longo do ano.
A escola Mário Covas também desenvolveu o projeto “Belo Belinha” – voltado às crianças carentes, pois o bairro Belinha Ometo conta com muitos moradores de baixa renda. Os alunos aprendem a plantar e cuidar da sua pequena “mudinha”. Coordenado por Jaime Franco de Oliveira Junior, o projeto assume um papel importante na educação das crianças e faz com que cada uma tenha a obrigação de iniciar uma grande batalha em prol do crescimento da educação ambiental.
Pilhas usadas viram pigmento para pisos
Estudantes formados em Técnico em Química fazem projeto inovador.
ALEX CONTIN
Muita gente não sabe o que fazer com pilhas usadas. Empresas orientam não jogá-las no lixo comum, pois elementos de sua composição são tóxicos e podem contaminar a natureza quando o aterro comum não tem uma estrutura adequada.
Recém-formados no curso de Técnico em Química, três ex-alunos da Escola Técnica Estadual "Trajano Camargo" encontraram uma possível solução para este problema. A pasta eletrolítica, principal componente responsável pela energia das pilhas, agora pode ser reutilizada na produção de pigmentos para pisos de cerâmica.
O projeto de Deborah Asbahr, Camilla Bruzadelli e Alan de Andrade, por conta de sua característica inovadora, representará o Brasil na "Intel Isef" (na sigla inglesa, Feira Internacional de Ciência e Engenharia) nos Estados Unidos, de 11 a 18 de maio.
Denominado Reciclo, o projeto conquistou o primeiro lugar na categoria "Ciências Exatas e da Terra" na 6ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace). O evento ocorreu na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.
O projeto foi apresentado como trabalho de conclusão do curso de Técnico em Química. Ele propõe uma utilidade para pilhas usadas, que geralmente são descartadas com o lixo comum e enviadas aos aterros sanitários especializados, usinas de compostagem ou incineradoras. A coleta dessas pilhas, porém, é debilitada e, se jogada no lixo comum, o destino será os aterros comuns.
O principal componente poluidor da pilha - a pasta eletrolítica - é feita de metais pesados - como manganês, zinco e ferro - que poluem o ambiente. Os alunos propuseram o reaproveitamento da pasta, purificando-a e produzindo um pigmento salmão usado na produção de vitro-cerâmicas.
O problema
Enquanto as baterias de celulares são compradas somente na rede autorizada, as pilhas podem ser compradas tanto de camelôs quanto de grandes redes de lojas.
Com inúmeras finalidades, muitas pessoas simplesmente jogam no lixo, queimam, lançam em rios ou em terrenos baldios. Ela é considerada um lixo químico doméstico altamente perigoso.
As pilhas e baterias são hoje um grave problema ambiental. No Brasil, são produzidas, anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), cerca de 800 milhões de pilhas, entre as chamadas secas (zinco-carbono) e alcalinas.
Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados: zinco, chumbo e manganês, além de substâncias perigosas, como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha de tipo alcalina contém também o mercúrio, altamente tóxica.
ALEX CONTIN
Muita gente não sabe o que fazer com pilhas usadas. Empresas orientam não jogá-las no lixo comum, pois elementos de sua composição são tóxicos e podem contaminar a natureza quando o aterro comum não tem uma estrutura adequada.
Recém-formados no curso de Técnico em Química, três ex-alunos da Escola Técnica Estadual "Trajano Camargo" encontraram uma possível solução para este problema. A pasta eletrolítica, principal componente responsável pela energia das pilhas, agora pode ser reutilizada na produção de pigmentos para pisos de cerâmica.
O projeto de Deborah Asbahr, Camilla Bruzadelli e Alan de Andrade, por conta de sua característica inovadora, representará o Brasil na "Intel Isef" (na sigla inglesa, Feira Internacional de Ciência e Engenharia) nos Estados Unidos, de 11 a 18 de maio.
Denominado Reciclo, o projeto conquistou o primeiro lugar na categoria "Ciências Exatas e da Terra" na 6ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace). O evento ocorreu na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.
O projeto foi apresentado como trabalho de conclusão do curso de Técnico em Química. Ele propõe uma utilidade para pilhas usadas, que geralmente são descartadas com o lixo comum e enviadas aos aterros sanitários especializados, usinas de compostagem ou incineradoras. A coleta dessas pilhas, porém, é debilitada e, se jogada no lixo comum, o destino será os aterros comuns.
O principal componente poluidor da pilha - a pasta eletrolítica - é feita de metais pesados - como manganês, zinco e ferro - que poluem o ambiente. Os alunos propuseram o reaproveitamento da pasta, purificando-a e produzindo um pigmento salmão usado na produção de vitro-cerâmicas.
O problema
Enquanto as baterias de celulares são compradas somente na rede autorizada, as pilhas podem ser compradas tanto de camelôs quanto de grandes redes de lojas.
Com inúmeras finalidades, muitas pessoas simplesmente jogam no lixo, queimam, lançam em rios ou em terrenos baldios. Ela é considerada um lixo químico doméstico altamente perigoso.
As pilhas e baterias são hoje um grave problema ambiental. No Brasil, são produzidas, anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), cerca de 800 milhões de pilhas, entre as chamadas secas (zinco-carbono) e alcalinas.
Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados: zinco, chumbo e manganês, além de substâncias perigosas, como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha de tipo alcalina contém também o mercúrio, altamente tóxica.
O crescimento da população e o aquecimento global
JULIANA DELLA COLETTA
O aquecimento global, mesmo com o destaque da mídia, não é uma questão nova. Estudos revelam que, desde a formação do planeta Terra, o clima passou por várias mudanças. No entanto, o processo de aquecimento se intensificou nos últimos anos.
Pesquisas revelam que, desde 1995, as temperaturas tiveram suas maiores altas, das 12 temperaturas mais quentes registradas a partir de 1850, 11 ocorreram de 1995 para cá.
O crescimento populacional acelerado contribui muito para o aquecimento do planeta. Em 1802, a população atingiu o primeiro bilhão de habitantes e foi preciso mais 125 anos para atingir o segundo bilhão. Em 1961, o número de habitantes era de três bilhões, o que deu início a um crescimento desenfreado.
O economista e ecologista Hugo Penteado faz um alerta: “estamos ultrapassando o limite do nosso planeta. Em um ano, as indústrias produziram mais do que em cem anos”.
Com o aumento da população e o crescimento industrial, aumentaram também os gases emitidos no planeta. Outro fator agravante é a grande produção de lixo, materiais recicláveis estão sendo desperdiçados e ocupando os aterros sanitários.
Em Limeira, os catadores de recicláveis se uniram em uma cooperativa, com 17 catadores cadastrados, a cooperativa retira das ruas 24 toneladas por mês de recicláveis que iriam para o aterro sanitário.
A coordenadora da Coopereli, Cacilda de Oliveira, 42, faz coleta de recicláveis há cinco anos. “Além de ser uma fonte de renda, eu valorizo a reciclagem, tenho consciência que o meio ambiente precisa de ajuda”, afirma.
Gislaine da Silva, 35, diz que acordar cedo para recolher das ruas os materiais recicláveis é mais que um trabalho. “Gosto de me sentir útil, muitos não reconhecem, mais faço um bem para todos”.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Limeira, o trabalho da cooperativa está sendo essencial para a cidade. O segundo aterro sanitário está chegando à sua capacidade máxima.
O prefeito da cidade está investindo na reciclagem. Ele implantou os eco-pontos, lugares onde os moradores depositam entulhos. Dois cooperados passam nesses pontos e separam todos os materiais recicláveis, que são recolhidos pelo caminhão da prefeitura. Essa medida ajuda a cidade em dois pontos, na reciclagem e na manutenção dos terrenos baldios.
O ecologista Hugo Penteado afirma que o problema ambiental não é causa e sim conseqüências das nossas visões e atitudes. “Temos que mudar para o nosso bem”, afirma.
Segundo Penteado, a solução é buscar o equilíbrio entre os seres vivos e o ecossistema. “Falta interesse e conscientização da maioria das pessoas, temos que nos interessar por produtos ecologicamente corretos e valorizar mais a reciclagem”.
O aquecimento global, mesmo com o destaque da mídia, não é uma questão nova. Estudos revelam que, desde a formação do planeta Terra, o clima passou por várias mudanças. No entanto, o processo de aquecimento se intensificou nos últimos anos.
Pesquisas revelam que, desde 1995, as temperaturas tiveram suas maiores altas, das 12 temperaturas mais quentes registradas a partir de 1850, 11 ocorreram de 1995 para cá.
O crescimento populacional acelerado contribui muito para o aquecimento do planeta. Em 1802, a população atingiu o primeiro bilhão de habitantes e foi preciso mais 125 anos para atingir o segundo bilhão. Em 1961, o número de habitantes era de três bilhões, o que deu início a um crescimento desenfreado.
O economista e ecologista Hugo Penteado faz um alerta: “estamos ultrapassando o limite do nosso planeta. Em um ano, as indústrias produziram mais do que em cem anos”.
Com o aumento da população e o crescimento industrial, aumentaram também os gases emitidos no planeta. Outro fator agravante é a grande produção de lixo, materiais recicláveis estão sendo desperdiçados e ocupando os aterros sanitários.
Em Limeira, os catadores de recicláveis se uniram em uma cooperativa, com 17 catadores cadastrados, a cooperativa retira das ruas 24 toneladas por mês de recicláveis que iriam para o aterro sanitário.
A coordenadora da Coopereli, Cacilda de Oliveira, 42, faz coleta de recicláveis há cinco anos. “Além de ser uma fonte de renda, eu valorizo a reciclagem, tenho consciência que o meio ambiente precisa de ajuda”, afirma.
Gislaine da Silva, 35, diz que acordar cedo para recolher das ruas os materiais recicláveis é mais que um trabalho. “Gosto de me sentir útil, muitos não reconhecem, mais faço um bem para todos”.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Limeira, o trabalho da cooperativa está sendo essencial para a cidade. O segundo aterro sanitário está chegando à sua capacidade máxima.
O prefeito da cidade está investindo na reciclagem. Ele implantou os eco-pontos, lugares onde os moradores depositam entulhos. Dois cooperados passam nesses pontos e separam todos os materiais recicláveis, que são recolhidos pelo caminhão da prefeitura. Essa medida ajuda a cidade em dois pontos, na reciclagem e na manutenção dos terrenos baldios.
O ecologista Hugo Penteado afirma que o problema ambiental não é causa e sim conseqüências das nossas visões e atitudes. “Temos que mudar para o nosso bem”, afirma.
Segundo Penteado, a solução é buscar o equilíbrio entre os seres vivos e o ecossistema. “Falta interesse e conscientização da maioria das pessoas, temos que nos interessar por produtos ecologicamente corretos e valorizar mais a reciclagem”.
Engenharia Ambiental, a profissão do futuro e do presente, mais do que nunca
Brasil: mercado de trabalho tende a se abrir cada vez mais.
ANA MARIA BACOCINA
O engenheiro ambiental e coordenador do curso de engenharia ambiental do Isca, Dirceu Brasil Vieira, conta que a primeira turma do curso tinha apenas quinze alunos, devido ao pouco conhecimento dos moradores de Limeira e região a respeito da profissão e de suas áreas de trabalho, mas, atualmente, o curso conta com 85 estudantes matriculados no primeiro semestre.
Brasil explica o porquê do aumento na procura por este curso e sua importância em tempos em que preservar o meio ambiente é essencial à vida humana:
“Mais do que nunca, hoje, a questão ambiental está em voga. A mídia tem batido muito em questões como o desmatamento da Amazônia e o efeito estufa. É fundamental a importância da formação de um número cada vez maior de engenheiros ambientais, nesses tempos onde há uma grande quantidade de automóveis rodando, tanto em São Paulo quanto nas outras grandes capitais brasileiras e, conseqüentemente, um aumento da poluição, não só do ar, mas também da água e do solo”.
A função do engenheiro ambiental é resolver problemas concretos de prevenção e correção das agressões causadas pela tecnologia aplicada por indústrias e grandes empresas.
Dessa forma, o profissional formado no curso de Engenharia Ambiental pode atuar na iniciativa pública ou privada, em áreas como elaboração de laudos, projetos ambientais, fiscalização das empresas com relação à licença ambiental para atuar, exigência do selo de qualidade ISO 14.000, entre outras.
O engenheiro ambiental deve buscar olhar com visão e responsabilidade, procurando desenvolver a capacidade de avaliar a duração, o impacto e as possibilidades de reversão de modificações, tanto benéficas quanto prejudiciais, causadas por ações dos homens no meio ambiente.
Jetro Macedo Silva, 18, estudante do primeiro semestre do curso de engenharia ambiental do Isca, conta que seu interesse pelo curso surgiu ao ler uma reportagem sobre aquecimento global na revista Wec, especializada em desenvolvimento empresarial.
“A reportagem falava que até no ano 2014 a produção de cana seria vinte vezes maior do que é hoje e seriam construídas em torno de setenta e oito indústrias de álcool e açúcar até 2020. Como eu já gostava de engenharia, pensei em unir essa parte de meio ambiente com o que eu já pensava em cursar, já que a reportagem também mostrava a Engenharia Ambiental como uma área em crescimento e onde há poucos profissionais atuando”.
O curso de engenharia ambiental do Isca Faculdades desenvolve alguns projetos junto à população de Limeira, conta Dirceu Brasil. O principal deles está sendo realizado neste ano e consiste na parametrização do uso da água de irrigação da Bacia do Ribeirão do Pinhal. Sua intenção é conscientizar a população para a preservação deste ribeirão, através da racionalização da água, já que a Bacia do Ribeirão do Pinhal é responsável pelo abastecimento da maior parte da cidade.
Além da participação dos professores e alunos da faculdade, o projeto conta com o apoio e participação da prefeitura de Limeira, que investirá o valor de R$159.307 em sua concretização, sendo que R$100.000 virá de uma verba disponibilizada pelo comitê de cobrança de água da cidade.
Outra parceria do Isca Faculdades com a prefeitura municipal se dá no levantamento arborístico, que visa contar e mapear todas as árvores existentes em Limeira. Este projeto tem o apoio da Elektro, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica da região, e conta com a participação de dez estagiários do curso de Engenharia Ambiental da faculdade.
O coordenador do curso fala ainda sobre o IV Congrema (Congresso do Meio Ambiente) e o Congrema Júnior, que têm início no mês de setembro e este ano possuem o tema “Planeta Terra – há solução”.
O Congrema acontece no Isca, possui palestras e discussões sobre temas relacionados ao meio ambiente e participam dele os alunos e professores dos cursos de Química, Engenharia Ambiental e Economia. Já o Congrema Júnior conta com oficinas e apresentações de trabalhos também da área ambiental.
Jetro Silva conta que está satisfeito com o curso: “Por enquanto está sendo da forma que eu imaginava, estou conseguindo aprender, além das matérias básicas na grade curricular de todo curso de Engenharia, algumas específicas do curso de Engenharia Ambiental, como Química, Biologia, Direito Ambiental e Legislação, Recursos Hídricos, Saneamento, Topografia e Modelos Ambientais, Introdução à Engenharia Ambiental, entre outras. Os projetos realizados também são importantes para que os alunos possam visualizar na prática o que faz o engenheiro ambiental”.
O curso de Engenharia Ambiental do Isca é vespertino e sua conclusão se dá no total de cinco anos, com uma formação profissional de 1368 horas, sendo que 1008 dessas horas são de formação específica.
“É época ambiental. Na televisão e nos jornais, atualmente, se fala muito sobre o efeito estufa e o aquecimento global. Por isso, o mercado de trabalho para os profissionais que tiverem interesse e se empenharem nessa área só tende a se abrir cada vez mais”, afirma Brasil.
São Pedro em prol do meio ambiente
Cidade adota medidas visando maior conscientização ambiental.
ANDREI D. MYCZKOWSKI
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de São Pedro (SP) iniciou mais um importante trabalho de reflorestamento, desta vez em áreas urbanas da cidade.
Cerca de 3 mil mudas de várias espécies estão sendo plantadas em alguns bairros do município.
Segundo informações do secretário de Meio Ambiente, Marcelo de Camargo Covizzi, as mudas são específicas para a área urbana, pois suas raízes não estragam as calçadas e sua altura não atrapalha a fiação elétrica.
Covizzi também informou que as mudas são o resultado de um trabalho iniciado no ano passado com o cultivo de sementes e a formação das mudas no viveiro municipal.
“Essas mudas foram feitas no nosso viveiro por funcionários da própria Secretaria, o que por si só já dá uma maior garantia de qualidade”, afirma o secretário.
Para ele, é importante que a população fiscalize e ajude a cuidar das mudas, pois algumas árvores não vingam, em sua maioria, por ação de vândalos e de crianças que, por brincadeira, quebram os seus novos galhos.
A prefeitura de São Pedro, através da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente (Saama), também começa a campanha para o recolhimento e a reciclagem do óleo de cozinha utilizado pela população e pelo comércio da cidade.
A iniciativa é a mais nova ação da prefeitura para melhorar a qualidade de vida da população e os cuidados com o meio ambiente.
Segundo o prefeito, Eduardo Modesto, a campanha de recolhimento do óleo de cozinha foi efetivada com a adesão de vários comerciantes da cidade e, agora, começa a percorrer as escolas estaduais e municipais de São Pedro, com a distribuição de panfletos explicativos para conscientizar os alunos e suas famílias da necessidade de reciclagem deste material.
O óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafas pet de refrigerantes e entregues nas escolas ou no Ecoponto na Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, localizada na Avenida Paschoal Antonelli.
A expectativa da Secretaria é recolher uma média de mil litros de óleo por mês, que serão encaminhados a uma empresa especializada na produção de biodiesel.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já desenvolve, com sucesso, o recolhimento de pneus velhos, que também são entregues na sede da Secretaria.
Até agora, a prefeitura já conseguiu arrecadar uma média de cinco mil pneus, que, em sua maioria, estavam armazenados em borracharias da cidade e região e que, agora, serão enviados a uma empresa de São Paulo. Em breve, a prefeitura também inicia o trabalho com o recolhimento de lâmpadas fluorescentes.
O óleo de cozinha pode contaminar o solo e os lençóis freáticos. Ele chega aos rios e às represas da cidade e fica acumulado na superfície da água, causando danos à natureza ao impedir a entrada da luz que alimenta os fitoplânctons - organismos essenciais para a vida aquática.
Durante o processo de decomposição, o óleo de cozinha emite metano, um dos principais gases que causam o efeito estufa em nosso planeta e que contribui para o aquecimento da Terra.
Um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros de água, o que equivale ao consumo médio de uma pessoa em 14 anos.
ANDREI D. MYCZKOWSKI
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de São Pedro (SP) iniciou mais um importante trabalho de reflorestamento, desta vez em áreas urbanas da cidade.
Cerca de 3 mil mudas de várias espécies estão sendo plantadas em alguns bairros do município.
Segundo informações do secretário de Meio Ambiente, Marcelo de Camargo Covizzi, as mudas são específicas para a área urbana, pois suas raízes não estragam as calçadas e sua altura não atrapalha a fiação elétrica.
Covizzi também informou que as mudas são o resultado de um trabalho iniciado no ano passado com o cultivo de sementes e a formação das mudas no viveiro municipal.
“Essas mudas foram feitas no nosso viveiro por funcionários da própria Secretaria, o que por si só já dá uma maior garantia de qualidade”, afirma o secretário.
Para ele, é importante que a população fiscalize e ajude a cuidar das mudas, pois algumas árvores não vingam, em sua maioria, por ação de vândalos e de crianças que, por brincadeira, quebram os seus novos galhos.
A prefeitura de São Pedro, através da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente (Saama), também começa a campanha para o recolhimento e a reciclagem do óleo de cozinha utilizado pela população e pelo comércio da cidade.
A iniciativa é a mais nova ação da prefeitura para melhorar a qualidade de vida da população e os cuidados com o meio ambiente.
Segundo o prefeito, Eduardo Modesto, a campanha de recolhimento do óleo de cozinha foi efetivada com a adesão de vários comerciantes da cidade e, agora, começa a percorrer as escolas estaduais e municipais de São Pedro, com a distribuição de panfletos explicativos para conscientizar os alunos e suas famílias da necessidade de reciclagem deste material.
O óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafas pet de refrigerantes e entregues nas escolas ou no Ecoponto na Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, localizada na Avenida Paschoal Antonelli.
A expectativa da Secretaria é recolher uma média de mil litros de óleo por mês, que serão encaminhados a uma empresa especializada na produção de biodiesel.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já desenvolve, com sucesso, o recolhimento de pneus velhos, que também são entregues na sede da Secretaria.
Até agora, a prefeitura já conseguiu arrecadar uma média de cinco mil pneus, que, em sua maioria, estavam armazenados em borracharias da cidade e região e que, agora, serão enviados a uma empresa de São Paulo. Em breve, a prefeitura também inicia o trabalho com o recolhimento de lâmpadas fluorescentes.
O óleo de cozinha pode contaminar o solo e os lençóis freáticos. Ele chega aos rios e às represas da cidade e fica acumulado na superfície da água, causando danos à natureza ao impedir a entrada da luz que alimenta os fitoplânctons - organismos essenciais para a vida aquática.
Durante o processo de decomposição, o óleo de cozinha emite metano, um dos principais gases que causam o efeito estufa em nosso planeta e que contribui para o aquecimento da Terra.
Um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros de água, o que equivale ao consumo médio de uma pessoa em 14 anos.
Uma árvore para cada 3 habitantes em Limeira
MÁRCIA LUCATO
Limeira tem cerca de 80 mil árvores na zona urbana, o equivalente a uma árvore para cada três habitantes. Conforme Dados da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, esse índice mantém Limeira como uma cidade bem arborizada, “sendo considerada ainda como uma das mais verdes do Estado”.
Segundo o secretário da pasta, André Pelegrini, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda 12 metros quadrados por habitante.
Entre a variedade de espécies espalhadas pela cidade estão: murta, bauínia, sibipiruna, paus-ferro, resedá, quaresmeira, melaleuca e ipê de jardim.
Entre os locais mais arborizados na cidade estão: Horto Florestal, Zoológico, Praça Toledo Barros, Praça do Museu, Avenida Saudades (uma das únicas avenidas que suporta árvores de grande porte), Hípica Municipal, sede da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, Parque Ecológico, que fica entre os bairros Cecap e Parque Nações, proximidades do Portal das Rosas e do Jardim Graminha.
Existem locais, como nas imediações do Jardim Montezuma, que é descampado, mas, mesmo assim, é considerado área verde. É uma área verde em degradação, mas, por incrível que pareça, mato também é considerado área verde.
Em relação ao meio ambiente, locais com mato são importantes por causa da possibilidade de infiltração de água, que colaboram para o abastecimento do lençol freático, mas não existe o processo de fotossíntese.
Na opinião do secretário, as áreas verdes que não compõem flora rica precisam ser recompostas para que Limeira possa realmente ser considerada uma cidade exemplar de arborização.
“Mesmo assim, 80 mil árvores é um número muito bom”. O secretário adiantou que, em menos de 60 dias, será concluído um novo estudo sobre a quantidade exata de árvores em Limeira.
População
Um grande problema que o secretário tem observado é que a população ‘adora ver’ árvores grandes, principalmente as que fazem bastante sombra, mas, conviver com elas, são poucos os que gostam.
“O ideal mesmo seria que todos se conscientizassem que árvores geram alguns problemas, mas que são muito pequenos perto dos benefícios que proporcionam”.
O telefone 156 da Prefeitura é uma prova. Algumas vezes, o secretário passa pelo setor para verificar as reclamações correspondentes à sua secretaria e as principais são: raiz de árvore quebrando calçada, rachando muro e entrando em casa.
Mas, após a vistoria do engenheiro do Departamento de Áreas Verdes, o laudo: árvore em bom estado de conservação.
Mesmo assim, algumas vezes, outros técnicos voltam para o local e é constatado certo exagero. “As pessoas simplesmente querem que a árvore seja cortada, às vezes, por sujarem a frente das casas. Podem ter certeza que, quando for realmente necessário, a árvore será retirada, mas dentro dos critérios”.
Segundo Pelegrini, sabe-se que existem pessoas que retiram a árvore e depois se arrependem. Outras matam a planta com veneno ou outras técnicas. “Essas pessoas só não têm noção que esse é também um crime ambiental e, quem for flagrado, está sujeito às sanções da lei”.
Um outro problema é quando o morador planta uma muda sem orientação que, depois que cresce, causa problemas desagradáveis.
“Depois começam a ligar para a Prefeitura dar um jeito”. Contudo, Pelegrini coloca a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente para qualquer dúvida e, sobretudo, orientações. O Departamento de Áreas Verdes também dispõe de viveiros de mudas.
Mais informações pelo telefone 3451-7309.
Limeira tem cerca de 80 mil árvores na zona urbana, o equivalente a uma árvore para cada três habitantes. Conforme Dados da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, esse índice mantém Limeira como uma cidade bem arborizada, “sendo considerada ainda como uma das mais verdes do Estado”.
Segundo o secretário da pasta, André Pelegrini, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda 12 metros quadrados por habitante.
Entre a variedade de espécies espalhadas pela cidade estão: murta, bauínia, sibipiruna, paus-ferro, resedá, quaresmeira, melaleuca e ipê de jardim.
Entre os locais mais arborizados na cidade estão: Horto Florestal, Zoológico, Praça Toledo Barros, Praça do Museu, Avenida Saudades (uma das únicas avenidas que suporta árvores de grande porte), Hípica Municipal, sede da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, Parque Ecológico, que fica entre os bairros Cecap e Parque Nações, proximidades do Portal das Rosas e do Jardim Graminha.
Existem locais, como nas imediações do Jardim Montezuma, que é descampado, mas, mesmo assim, é considerado área verde. É uma área verde em degradação, mas, por incrível que pareça, mato também é considerado área verde.
Em relação ao meio ambiente, locais com mato são importantes por causa da possibilidade de infiltração de água, que colaboram para o abastecimento do lençol freático, mas não existe o processo de fotossíntese.
Na opinião do secretário, as áreas verdes que não compõem flora rica precisam ser recompostas para que Limeira possa realmente ser considerada uma cidade exemplar de arborização.
“Mesmo assim, 80 mil árvores é um número muito bom”. O secretário adiantou que, em menos de 60 dias, será concluído um novo estudo sobre a quantidade exata de árvores em Limeira.
População
Um grande problema que o secretário tem observado é que a população ‘adora ver’ árvores grandes, principalmente as que fazem bastante sombra, mas, conviver com elas, são poucos os que gostam.
“O ideal mesmo seria que todos se conscientizassem que árvores geram alguns problemas, mas que são muito pequenos perto dos benefícios que proporcionam”.
O telefone 156 da Prefeitura é uma prova. Algumas vezes, o secretário passa pelo setor para verificar as reclamações correspondentes à sua secretaria e as principais são: raiz de árvore quebrando calçada, rachando muro e entrando em casa.
Mas, após a vistoria do engenheiro do Departamento de Áreas Verdes, o laudo: árvore em bom estado de conservação.
Mesmo assim, algumas vezes, outros técnicos voltam para o local e é constatado certo exagero. “As pessoas simplesmente querem que a árvore seja cortada, às vezes, por sujarem a frente das casas. Podem ter certeza que, quando for realmente necessário, a árvore será retirada, mas dentro dos critérios”.
Segundo Pelegrini, sabe-se que existem pessoas que retiram a árvore e depois se arrependem. Outras matam a planta com veneno ou outras técnicas. “Essas pessoas só não têm noção que esse é também um crime ambiental e, quem for flagrado, está sujeito às sanções da lei”.
Um outro problema é quando o morador planta uma muda sem orientação que, depois que cresce, causa problemas desagradáveis.
“Depois começam a ligar para a Prefeitura dar um jeito”. Contudo, Pelegrini coloca a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente para qualquer dúvida e, sobretudo, orientações. O Departamento de Áreas Verdes também dispõe de viveiros de mudas.
Mais informações pelo telefone 3451-7309.
Aumento de veículos em Limeira pode afetar meio ambiente
Em um ano, Limeira tem 15,5 mil veículos a mais nas ruas.
DENIS MARTINS
Com a melhora na economia nacional, o fluxo de veículos aumenta cada vez mais nas cidades que acompanham este desenvolvimento.
Longos prazos para pagamentos, facilidades de compra e, principalmente, a necessidade de chegar ao destino com mais rapidez estimulam o aumento no número de veículos automotores no país.
Em Limeira, este aumento aconteceu de forma extraordinária. Dados informados pela secretaria de trânsito mostram que no ano de 1997 havia cerca de 80 mil veículos. Em janeiro de 2007, dez anos depois, este número aumentou para 146.621 unidades.
A mesma pesquisa apontou que, em janeiro de 2008, o número de veículos atingiu a incrível marca de 161.119 unidades, ou seja, um veículo para cada 1,7 habitante.
Este aumento tem causado problemas não só para a estrutura física da cidade, mas, principalmente, para o meio ambiente.
O professor e coordenador do curso de Engenharia Ambiental do Isca Faculdades, Dirceu Brasil Vieira, aponta alguns males que este aumento pode causar ao meio ambiente.
De acordo com Vieira, a atmosfera é constituída por milhares de compostos naturais, ou seja, sem alteração, como por exemplo, o oxigênio. A poluição causada, principalmente, pela liberação de gases poluentes encontrados na fumaça de veículos altera estes compostos naturais e criam, por exemplo, os artificiais monóxido de carbono, enxofre e outros.
Um dos problemas que estas alterações na atmosfera podem causar é a chuva ácida. Constituída de ácido sulfúrico, ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
Outro grande problema que pode ocorrer devido à poluição da fumaça dos veículos é quando acontece a inversão térmica. Para entender o fenômeno, é preciso ter em mente o seguinte: o ar quente, menos denso e mais leve, tende a subir e o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer.
Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente liberado na terra, ficam presos. Assim, a temperatura cai e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo ar quente, acabam retidos na camada mais baixa da atmosfera.
Estes são apenas alguns dos problemas que a poluição dos automóveis causa. Há também as conseqüências indiretas, como descartes incorretos de pneus e peças mecânicas, aumento na produção de petróleo e outros.
Em Limeira, a empresa Mastra, que fabrica escapamentos automotivos, realizou, no ano passado, palestras e concursos que alertavam para as causas do aquecimento global, da poluição atmosférica, do efeito estufa, as conseqüências que estes acontecimentos podem causar ao planeta e o que cada um pode fazer para mudar essa realidade.
Foram realizadas cerca de 150 palestras, com mais de 12 mil alunos, de todas as idades, atendidos gratuitamente. O diretor e presidente da empresa, Everaldo Sajioro Jr., diz que estas ações despertam sempre a consciência da comunidade e o respeito à saúde e ao meio ambiente.
A melhor forma de se tentar amenizar este aumento é estimular as pessoas sobre o uso de outros meios de transportes como bicicletas, ônibus circulares ou até mesmo andar a pé.
DENIS MARTINS
Com a melhora na economia nacional, o fluxo de veículos aumenta cada vez mais nas cidades que acompanham este desenvolvimento.
Longos prazos para pagamentos, facilidades de compra e, principalmente, a necessidade de chegar ao destino com mais rapidez estimulam o aumento no número de veículos automotores no país.
Em Limeira, este aumento aconteceu de forma extraordinária. Dados informados pela secretaria de trânsito mostram que no ano de 1997 havia cerca de 80 mil veículos. Em janeiro de 2007, dez anos depois, este número aumentou para 146.621 unidades.
A mesma pesquisa apontou que, em janeiro de 2008, o número de veículos atingiu a incrível marca de 161.119 unidades, ou seja, um veículo para cada 1,7 habitante.
Este aumento tem causado problemas não só para a estrutura física da cidade, mas, principalmente, para o meio ambiente.
O professor e coordenador do curso de Engenharia Ambiental do Isca Faculdades, Dirceu Brasil Vieira, aponta alguns males que este aumento pode causar ao meio ambiente.
De acordo com Vieira, a atmosfera é constituída por milhares de compostos naturais, ou seja, sem alteração, como por exemplo, o oxigênio. A poluição causada, principalmente, pela liberação de gases poluentes encontrados na fumaça de veículos altera estes compostos naturais e criam, por exemplo, os artificiais monóxido de carbono, enxofre e outros.
Um dos problemas que estas alterações na atmosfera podem causar é a chuva ácida. Constituída de ácido sulfúrico, ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
Outro grande problema que pode ocorrer devido à poluição da fumaça dos veículos é quando acontece a inversão térmica. Para entender o fenômeno, é preciso ter em mente o seguinte: o ar quente, menos denso e mais leve, tende a subir e o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer.
Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente liberado na terra, ficam presos. Assim, a temperatura cai e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo ar quente, acabam retidos na camada mais baixa da atmosfera.
Estes são apenas alguns dos problemas que a poluição dos automóveis causa. Há também as conseqüências indiretas, como descartes incorretos de pneus e peças mecânicas, aumento na produção de petróleo e outros.
Em Limeira, a empresa Mastra, que fabrica escapamentos automotivos, realizou, no ano passado, palestras e concursos que alertavam para as causas do aquecimento global, da poluição atmosférica, do efeito estufa, as conseqüências que estes acontecimentos podem causar ao planeta e o que cada um pode fazer para mudar essa realidade.
Foram realizadas cerca de 150 palestras, com mais de 12 mil alunos, de todas as idades, atendidos gratuitamente. O diretor e presidente da empresa, Everaldo Sajioro Jr., diz que estas ações despertam sempre a consciência da comunidade e o respeito à saúde e ao meio ambiente.
A melhor forma de se tentar amenizar este aumento é estimular as pessoas sobre o uso de outros meios de transportes como bicicletas, ônibus circulares ou até mesmo andar a pé.
Alunos do Isca Faculdades transformam óleo de cozinha em sabão
LILIAM LOURENÇO DE QUEIROZ
Alunos do curso de Química mesclam a solidariedade com a contribuição ao meio ambiente.
Alunos do curso de Química do Isca Faculdades, em parceria com o Programa de Responsabilidade Socioambiental, o Prestalie, desenvolvem com um projeto que reutiliza óleo de cozinha usado para a confecção de sabão. Segundo a assessora de comunicação da instituição, Rebeca Paroli, o projeto nasceu na faculdade. “A idéia surgiu no curso de Química. Os alunos perceberam que havia muita sobra de resíduo de óleo que não era reaproveitado. Com isso, resolveram fazer este projeto para contribuir com o meio ambiente”, conta.
O óleo é doado pela população da própria faculdade. Grupos de cinco a dez alunos produzem semanalmente o produto. Juntamente com o óleo, a confecção é feita com água e soda cáustica. “São cerca de 200 litros por mês, podendo fazer 250 quilos de sabão”, explica a aluna de Química, Laís Peixoto Rosado.
Depois de confeccionados, os sabões são doados a entidades assistenciais. O asilo João Kuhl Filho foi um dos beneficiados. A entidade chega a lavar por dia 15 quilos de peças de roupas, como toalhas de pano, guardanapos, além de lavar todos os dias louças e panelões de comida.
De acordo com a assistente social, Marilene Toledo, este tipo de iniciativa é muito importante, além de ser um produto de qualidade.
“O sabão caseiro é bem melhor que o industrial, ele espuma muito mais”, comenta.
O projeto começou em outubro do ano passado e continua, mas, segundo Rebeca, depende de mais doações. “Estamos buscando parceiros, porque precisamos de investimentos, principalmente na soda cáustica, que é usada no preparo do sabão”, ressalta. A assessora diz ainda que os interessados devem armazenar o produto em garrafas pet ou galões para serem entregues.
As doações podem ser feitas no próprio campus do Isca Faculdades localizado na rodovia Limeira/Piracicaba, km 4. Mais informações pelo telefone 3404-4706.
Alunos do curso de Química mesclam a solidariedade com a contribuição ao meio ambiente.
Alunos do curso de Química do Isca Faculdades, em parceria com o Programa de Responsabilidade Socioambiental, o Prestalie, desenvolvem com um projeto que reutiliza óleo de cozinha usado para a confecção de sabão. Segundo a assessora de comunicação da instituição, Rebeca Paroli, o projeto nasceu na faculdade. “A idéia surgiu no curso de Química. Os alunos perceberam que havia muita sobra de resíduo de óleo que não era reaproveitado. Com isso, resolveram fazer este projeto para contribuir com o meio ambiente”, conta.
O óleo é doado pela população da própria faculdade. Grupos de cinco a dez alunos produzem semanalmente o produto. Juntamente com o óleo, a confecção é feita com água e soda cáustica. “São cerca de 200 litros por mês, podendo fazer 250 quilos de sabão”, explica a aluna de Química, Laís Peixoto Rosado.
Depois de confeccionados, os sabões são doados a entidades assistenciais. O asilo João Kuhl Filho foi um dos beneficiados. A entidade chega a lavar por dia 15 quilos de peças de roupas, como toalhas de pano, guardanapos, além de lavar todos os dias louças e panelões de comida.
De acordo com a assistente social, Marilene Toledo, este tipo de iniciativa é muito importante, além de ser um produto de qualidade.
“O sabão caseiro é bem melhor que o industrial, ele espuma muito mais”, comenta.
O projeto começou em outubro do ano passado e continua, mas, segundo Rebeca, depende de mais doações. “Estamos buscando parceiros, porque precisamos de investimentos, principalmente na soda cáustica, que é usada no preparo do sabão”, ressalta. A assessora diz ainda que os interessados devem armazenar o produto em garrafas pet ou galões para serem entregues.
As doações podem ser feitas no próprio campus do Isca Faculdades localizado na rodovia Limeira/Piracicaba, km 4. Mais informações pelo telefone 3404-4706.
Reciclagem: opção na geração de renda
PALOMA PRATES
A preocupação com a preservação do meio ambiente gerou, em Limeira, a campanha Reciclagem Solidária, que trouxe para muitos moradores da cidade uma opção de geração de renda.
A campanha tem como objetivo incluir a população carente no processo produtivo, visando, por meio da geração de renda e trabalho, estabelecer desenvolvimento sócio-econômico e ambiental sustentável para o município.
O lixo é um dos responsáveis pela degradação do meio ambiente e o seu acúmulo contribui para a contaminação do solo e do ar.
A reciclagem é uma alternativa para diminuir esse problema. Ela ajuda a manter limpa a cidade, contribui para o aumento da vida útil do aterro sanitário e colabora para a sobrevivência de muitos animais.
Para a maioria da população que trabalha nesse ramo, a reciclagem é o único meio de sustento. É o caso de Maria Rosa Silva Santos, 46 anos, que trabalha com recicláveis há três. Ela ganha, em média, R$ 250 por mês. “Não sou aposentada. Se não fosse a reciclagem, não teria como sobreviver”, relata.
Todos os coletores são cadastrados no Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), onde recebem acompanhamento social e orientações para atuarem nessa área. Eles recebem também uniformes e carrinhos identificados da prefeitura e salário correspondente ao que recolhem.
Conscientização
O apoio de toda a população é muito importante para a eficácia do trabalho. A coletora Raquel Carmem Boriolo, de 45 anos, trabalha com reciclagem há seis meses e reclama da falta de colaboração dos moradores. “Nós temos muito trabalho para separar o lixo. Os materiais recicláveis ficam misturados junto com comida. Aproveito para pedir que todos no ajudem com a separação do lixo”, fala.
O projeto não oferece apenas geração de renda, os coletores recebem, também, orientações sobre a importância do trabalho que realizam.
“O trabalho de conscientização que eles recebem faz com que percebam que são agentes sociais e que, além de uma opção de renda, a coleta de materiais recicláveis contribui muito para o meio ambiente”, diz a presidente do Ceprosom, Silvana Bortolin Nóbrega.
Confira o preço médio por quilo de cada material:
Pet: R$0,60
Ferro: R$0,25
Metal: R$5,00
Plástico: 0,30
Papelão: R$ 0,18
Sacolas plásticas: R$ 0,30
Alumínio: R$3,00
Cobre: R$8,00
A preocupação com a preservação do meio ambiente gerou, em Limeira, a campanha Reciclagem Solidária, que trouxe para muitos moradores da cidade uma opção de geração de renda.
A campanha tem como objetivo incluir a população carente no processo produtivo, visando, por meio da geração de renda e trabalho, estabelecer desenvolvimento sócio-econômico e ambiental sustentável para o município.
O lixo é um dos responsáveis pela degradação do meio ambiente e o seu acúmulo contribui para a contaminação do solo e do ar.
A reciclagem é uma alternativa para diminuir esse problema. Ela ajuda a manter limpa a cidade, contribui para o aumento da vida útil do aterro sanitário e colabora para a sobrevivência de muitos animais.
Para a maioria da população que trabalha nesse ramo, a reciclagem é o único meio de sustento. É o caso de Maria Rosa Silva Santos, 46 anos, que trabalha com recicláveis há três. Ela ganha, em média, R$ 250 por mês. “Não sou aposentada. Se não fosse a reciclagem, não teria como sobreviver”, relata.
Todos os coletores são cadastrados no Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), onde recebem acompanhamento social e orientações para atuarem nessa área. Eles recebem também uniformes e carrinhos identificados da prefeitura e salário correspondente ao que recolhem.
Conscientização
O apoio de toda a população é muito importante para a eficácia do trabalho. A coletora Raquel Carmem Boriolo, de 45 anos, trabalha com reciclagem há seis meses e reclama da falta de colaboração dos moradores. “Nós temos muito trabalho para separar o lixo. Os materiais recicláveis ficam misturados junto com comida. Aproveito para pedir que todos no ajudem com a separação do lixo”, fala.
O projeto não oferece apenas geração de renda, os coletores recebem, também, orientações sobre a importância do trabalho que realizam.
“O trabalho de conscientização que eles recebem faz com que percebam que são agentes sociais e que, além de uma opção de renda, a coleta de materiais recicláveis contribui muito para o meio ambiente”, diz a presidente do Ceprosom, Silvana Bortolin Nóbrega.
Confira o preço médio por quilo de cada material:
Pet: R$0,60
Ferro: R$0,25
Metal: R$5,00
Plástico: 0,30
Papelão: R$ 0,18
Sacolas plásticas: R$ 0,30
Alumínio: R$3,00
Cobre: R$8,00
Mister Gênio da Garrafa Pet ensina arte no mundo da reciclagem
Moacir Magusteiro ensina que reciclar é o melhor caminho para a despoluição das cidades.
Foto: arquivo pessoal
JOICE CRISTINA LOPES
“A reciclagem de materiais é um dos meios mais eficientes contra a poluição de nossos rios e das ruas de nossa cidade”, é o que afirma o limeirense, Moacir Magusteiro, 54, aposentado, que do lixo faz nascer obras de arte.
No final de 2002, um projeto inusitado veio parar em suas mãos, o que alterou o mundo da reciclagem. Com o intuito de exterminar garrafas dos principais locais da cidade, ele começou utilizando duas garrafas de cores diferentes para fazer um cata-vento, mas, quando percebeu, tinha criado várias obras de arte.
Várias obras podem ser encontradas em sua casa. Moacir guarda um mundo espetacular onde se pode deparar com diversas peças, como centopéia, roda-gigante, vários foguetes e aviões, como o 14bis, de Santos Dumont, flechas e até um chapéu de Cowboy PET , sua primeira fantasia de carnaval como novo defensor do meio ambiente.
Convites não faltaram, várias participações em escolas permitiram a ele apresentar sua arte, que une educação com meio ambiente e vontade de se superar.
Moacir não estudou o ensino básico completo, sempre viveu na roça, mas conquistou, com muita vontade, o saber. Hoje, o computador e as máquinas fotográficas os auxilia e, com o ferro de soda e o silicone, são as ferramentas para seu trabalho.
Seu trabalho ficou exposto em vários locais da cidade e contou com o apoio da Secretaria de Educação, entre outros patrocinadores. Seu acervo é de aproximadamente 120 peças – obras de arte que falam por si e ensinam como preservar o meio ambiente.
No carnaval de rua de Limeira, as obras de Moacir ganharam irreverência, prestígio e muito comentário. Sua primeira fantasia foi a de Cowboy Pet. Desde o chapéu até a espora, tudo feito com garrafas.
A segunda elegância foi de Santos Dumont, com o seu 14Bis, avião produzido com garrafas pet, mas com sofisticada aparelhagem eletrônica, que o faz voar.
Sua terceira passagem pelas ruas foi marcante, como Índio, com penacho, flecha, saia e rosto pintado, o que lhe rendeu vários elogios na platéia.
Neste ano, Moacir, com ousadia, criou um personagem diferente, aquele que sai de uma “pequena garrafa” e faz várias magias. Isso mesmo, o Mister Gênio da Garrafa Pet, seu mais recente trabalho.
Moacir reclama da falta de apoio de grandes empresários para dar continuidade ao seu trabalho.
“Quando comecei este trabalho, recolhia garrafas até meia noite, às vezes, um pouco mais tarde, mas acho que tudo isso não basta. Temos que ter consciência de que o planeta precisa ser salvo e, como nunca consegui vender minhas peças e tornar isso um novo mercado de trabalho, peço a todos que, pelo menos, respeitem uns aos outros”.
Reciclagem: ação de cidadania
ANALÚCIA NEVES
Além de reduzir a poluição ambiental, a coleta seletiva contribui para a saúde da população. A separação do lixo deve começar em casa.
Evani Tavares é presidente e uma das fundadoras da Cooperativa Reciclar, que fica na Rua Serra Dourada, 165, Jardim Baronesa, na cidade de Campinas (SP). A Cooperativa recolhe duas toneladas de material reciclável por mês.
A presidente lamenta a falta de material e vontade da sociedade em separar seu lixo e a falta de campanhas de conscientização por parte do poder público. “Tudo é reciclável e damos a destinação correta desses materiais”, disse.
Ela contou que, para a maioria dos cooperados, o trabalho na cooperativa é a única fonte de renda. E ressaltou que são 28 cooperados (22 mulheres e seis homens), divididos em três turnos de seis horas, com salário de R$400 mensais.
Ação empresarial
Nos dias de hoje, várias empresas já se conscientizaram da importância da separação dos seus resíduos sólidos. Como é o caso da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), empresa campineira que implantou em todas as áreas da empresa medidas em prol da preservação ambiental.
As ações envolvem a questão do lixo, como a coleta seletiva interna (com coletores padronizados), educação ambiental (que envolve palestras de conscientização dentro e fora da empresa) e atividades junto à Cooperativa Reciclar.
Um container foi colocado no pátio da empresa e está à disposição dos funcionários para depositar material reciclável, inclusive doméstico. Uma vez por semana tudo é recolhido e encaminhado para a Cooperativa.
Segundo Guaracy Bitar, funcionário da Sanasa e um dos idealizadores do projeto, a ação vai além da empresa, têm o objetivo de criar o hábito nos funcionários de separar os recicláveis também em seus lares. Ele fez questão de advertir: “Lixo só é lixo se estiver misturado. Separado é matéria-prima”.
Avanço na coleta seletiva
“Campinas aumentou 49,7% na arrecadação de resíduos sólidos para coletas seletivas, que somam 674 toneladas recolhidas por mês, os dados são da pesquisa Ciclosoft 2008, solicitada pela entidade Cempe (Compromisso Empresarial para Reciclagem).”
Fonte: Jornal Correio Popular de 30.04.2008.
Alguns benefícios da coleta seletiva:
Menor redução de florestas nativas.
Reduz a extração dos recursos naturais.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Economiza energia e água.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Melhora a limpeza e higiene da cidade.
Previne enchentes.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis
Além de reduzir a poluição ambiental, a coleta seletiva contribui para a saúde da população. A separação do lixo deve começar em casa.
Evani Tavares é presidente e uma das fundadoras da Cooperativa Reciclar, que fica na Rua Serra Dourada, 165, Jardim Baronesa, na cidade de Campinas (SP). A Cooperativa recolhe duas toneladas de material reciclável por mês.
A presidente lamenta a falta de material e vontade da sociedade em separar seu lixo e a falta de campanhas de conscientização por parte do poder público. “Tudo é reciclável e damos a destinação correta desses materiais”, disse.
Ela contou que, para a maioria dos cooperados, o trabalho na cooperativa é a única fonte de renda. E ressaltou que são 28 cooperados (22 mulheres e seis homens), divididos em três turnos de seis horas, com salário de R$400 mensais.
Ação empresarial
Nos dias de hoje, várias empresas já se conscientizaram da importância da separação dos seus resíduos sólidos. Como é o caso da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), empresa campineira que implantou em todas as áreas da empresa medidas em prol da preservação ambiental.
As ações envolvem a questão do lixo, como a coleta seletiva interna (com coletores padronizados), educação ambiental (que envolve palestras de conscientização dentro e fora da empresa) e atividades junto à Cooperativa Reciclar.
Um container foi colocado no pátio da empresa e está à disposição dos funcionários para depositar material reciclável, inclusive doméstico. Uma vez por semana tudo é recolhido e encaminhado para a Cooperativa.
Segundo Guaracy Bitar, funcionário da Sanasa e um dos idealizadores do projeto, a ação vai além da empresa, têm o objetivo de criar o hábito nos funcionários de separar os recicláveis também em seus lares. Ele fez questão de advertir: “Lixo só é lixo se estiver misturado. Separado é matéria-prima”.
Avanço na coleta seletiva
“Campinas aumentou 49,7% na arrecadação de resíduos sólidos para coletas seletivas, que somam 674 toneladas recolhidas por mês, os dados são da pesquisa Ciclosoft 2008, solicitada pela entidade Cempe (Compromisso Empresarial para Reciclagem).”
Fonte: Jornal Correio Popular de 30.04.2008.
Alguns benefícios da coleta seletiva:
Menor redução de florestas nativas.
Reduz a extração dos recursos naturais.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Economiza energia e água.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Melhora a limpeza e higiene da cidade.
Previne enchentes.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis
Tratamento de esgoto em pequenas comunidades ajuda meio ambiente
FERNANDA VERNIER
O mundo sofre uma crise de falta de água potável. Um dos motivos é a falta de tratamento de esgoto no mundo todo. Cintia Elena Nicolau, formada em Tecnologia em Saneamento Ambiental pela Unicamp explica algumas soluções para esse problema.
Segundo Cintia, a utilização da água para atender às necessidades da sociedade, tanto para sobrevivência, necessidades básicas, quanto para o desenvolvimento industrial etc., resulta na produção de efluente ou esgoto.
Cintia afirma que, dependendo de como e onde é destinado esse esgoto, sérios danos ao local podem ser ocasionados, como poluição das águas subterrâneas e superficiais, do solo, sendo um perigoso foco de doenças.
A disposição de esgotos brutos no solo ou em corpos d’águas naturais, como lagoas, rios e oceanos, é uma alternativa que foi e ainda é empregada de forma muito intensa, afirma ela.
Dependendo da carga orgânica lançada, os esgotos provocam a total degradação do ambiente (solo, água e ar) ou, em outros casos, o meio demonstra ter condições de receber e de decompor os contaminantes até alcançar um nível que não cause problemas ou alterações acentuadas que prejudiquem o ecossistema local e circunvizinho.
Isso demonstra que a natureza tem condições de promover o “tratamento natural” dos esgotos, desde que não ocorra sobrecarga e que haja boas condições ambientais que permitam a evolução, reprodução e crescimento de organismos que decompõem a matéria orgânica.
Ou seja, o tratamento biológico de esgotos é um fenômeno que pode ocorrer naturalmente no solo ou na água, desde que predominem condições apropriadas.
Uma estação de tratamento de esgotos é, em essência, um sistema que trabalha com esses mesmos organismos que se proliferam no solo e na água.
Em estações de tratamento procura-se, no entanto, aperfeiçoar os processos e minimizar custos, para que se consiga a maior eficiência possível, respeitando-se as restrições que se impõem pela proteção do corpo receptor e pelas limitações de recursos disponíveis, explica.
Nelas, procuram-se, geralmente, reduzir o tempo de detenção hidráulica (TDH), que é o tempo médio que o esgoto fica retido no sistema, e aumentar a eficiência das reações bioquímicas, de maneira que se atinja determinado nível de redução de carga orgânica, em tempo e espaço muito inferiores em relação ao que se espera que ocorra no ambiente natural.
Assim sendo, mesmo as disposições no solo podem constituir-se em uma excelente forma de tratamento, desde que se respeite a capacidade natural do meio e dos microrganismos decompositores presentes.
Segundo ela, há muitas alternativas para tratamento de esgotos, desde uma simples, porém controlada, disposição no solo até sofisticadas estações completamente automatizadas.
Para cada cidade, em função de suas características próprias, deve-se sempre escolher aquela solução que corresponda a uma eficiência e a custos compatíveis com as circunstâncias que prevalecem no local.
Ela afirma que são coletados em rede pública 49% do esgoto sanitário produzido no Brasil, sendo que, desses, apenas 32% são tratados, perfazendo cerca de 16% do produzido.
Diante desses números, aliado ao quadro epidemiológico e ao perfil sócio-econômico das comunidades brasileiras, constata-se a necessidade por sistemas simplificados de tratamento dos esgotos.
Esses sistemas devem conjugar os seguintes requisitos principais:
• Baixo custo de implantação;
• Elevada sustentabilidade do sistema, relacionada à pouca dependência de fornecimento de energia, de peças e equipamentos de reposição etc.;
• Simplicidade operacional, de manutenção e de controle (pouca dependência de operadores e engenheiros altamente especializados);
• Baixos custos operacionais;
• Adequada eficiência na remoção das diversas categorias de poluentes (matéria orgânica biodegradável, sólidos suspensos, nutrientes e patogênicos);
• Pouco ou nenhum problema com a disposição do iodo gerado na estação;
• Baixos requisitos de área;
• Existência de flexibilidade em relação às expansões futuras e ao aumento de eficiência;
• Possibilidade de aplicação em pequena escala (sistemas descentralizados), com pouca dependência da existência de grandes interceptores;
• Fluxograma simplificado de tratamento (poucas unidades integrando a estação);
• Elevada vida útil;
• Ausência de problemas que causem transtorno à população vizinha;
• Possibilidade de recuperação de subprodutos úteis, visando sua aplicação na irrigação e na fertilização de culturas agrícolas;
• Existência de experiência prática.
Embora não exista uma solução que atenda integralmente a todos esses requisitos, existem várias alternativas que atendem, em maior ou menor grau, aos principais requisitos que devem ser observados num estudo técnico-econômico de escolha de alternativas.
Cintia afirma que é de conhecimento amplo a crise que atravessa o saneamento no Brasil. Entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, os dados referentes ao esgotamento sanitário são alarmantes, indicando índices de cobertura da população, por redes coletoras, de apenas 30%, e um percentual de municípios que possuem estações de tratamento inferior a 10%.
Mesmo nos municípios que se incluem nessa pequena parcela, em geral, as estações de tratamento atendem a apenas uma parte da população, muitas vezes as eficiências são reduzidas e problemas operacionais são freqüentes.
Diante desse enorme déficit sanitário, aliado ao quadro epidemiológico e ao perfil sócio-econômico das comunidades brasileiras, constata-se a necessidade por sistemas simplificados de coleta e tratamento dos esgotos.
Esses sistemas devem conjugar baixos custos de implantação e operação, simplicidade operacional, índices mínimos de mecanização e sustentabilidade do sistema como um todo.
Nesse sentido, as seguintes alternativas, dentre outras, devem ser consideradas:
• Sistemas individuais de tratamento e disposição de excretas e esgotos:
o Fossa seca, nas suas diversas modalidades,
o Tanque séptico e infiltração no solo,
o Tanque séptico e filtro anaeróbio;
• Sistema condominial de coleta de esgotos;
• Sistemas coletivos de tratamento de esgotos:
o Lagoa de estabilização,
o Aplicação no solo,
o Tanque séptico e filtro anaeróbio,
o Reator anaeróbio de manta de lodo.
No que se refere aos sistemas coletivos de tratamento de esgotos, embora existam alternativas que possam ser utilizadas, entende-se que, atualmente, no Brasil, as quatro relacionadas anteriormente encontram maior aplicabilidade.
O mundo sofre uma crise de falta de água potável. Um dos motivos é a falta de tratamento de esgoto no mundo todo. Cintia Elena Nicolau, formada em Tecnologia em Saneamento Ambiental pela Unicamp explica algumas soluções para esse problema.
Segundo Cintia, a utilização da água para atender às necessidades da sociedade, tanto para sobrevivência, necessidades básicas, quanto para o desenvolvimento industrial etc., resulta na produção de efluente ou esgoto.
Cintia afirma que, dependendo de como e onde é destinado esse esgoto, sérios danos ao local podem ser ocasionados, como poluição das águas subterrâneas e superficiais, do solo, sendo um perigoso foco de doenças.
A disposição de esgotos brutos no solo ou em corpos d’águas naturais, como lagoas, rios e oceanos, é uma alternativa que foi e ainda é empregada de forma muito intensa, afirma ela.
Dependendo da carga orgânica lançada, os esgotos provocam a total degradação do ambiente (solo, água e ar) ou, em outros casos, o meio demonstra ter condições de receber e de decompor os contaminantes até alcançar um nível que não cause problemas ou alterações acentuadas que prejudiquem o ecossistema local e circunvizinho.
Isso demonstra que a natureza tem condições de promover o “tratamento natural” dos esgotos, desde que não ocorra sobrecarga e que haja boas condições ambientais que permitam a evolução, reprodução e crescimento de organismos que decompõem a matéria orgânica.
Ou seja, o tratamento biológico de esgotos é um fenômeno que pode ocorrer naturalmente no solo ou na água, desde que predominem condições apropriadas.
Uma estação de tratamento de esgotos é, em essência, um sistema que trabalha com esses mesmos organismos que se proliferam no solo e na água.
Em estações de tratamento procura-se, no entanto, aperfeiçoar os processos e minimizar custos, para que se consiga a maior eficiência possível, respeitando-se as restrições que se impõem pela proteção do corpo receptor e pelas limitações de recursos disponíveis, explica.
Nelas, procuram-se, geralmente, reduzir o tempo de detenção hidráulica (TDH), que é o tempo médio que o esgoto fica retido no sistema, e aumentar a eficiência das reações bioquímicas, de maneira que se atinja determinado nível de redução de carga orgânica, em tempo e espaço muito inferiores em relação ao que se espera que ocorra no ambiente natural.
Assim sendo, mesmo as disposições no solo podem constituir-se em uma excelente forma de tratamento, desde que se respeite a capacidade natural do meio e dos microrganismos decompositores presentes.
Segundo ela, há muitas alternativas para tratamento de esgotos, desde uma simples, porém controlada, disposição no solo até sofisticadas estações completamente automatizadas.
Para cada cidade, em função de suas características próprias, deve-se sempre escolher aquela solução que corresponda a uma eficiência e a custos compatíveis com as circunstâncias que prevalecem no local.
Ela afirma que são coletados em rede pública 49% do esgoto sanitário produzido no Brasil, sendo que, desses, apenas 32% são tratados, perfazendo cerca de 16% do produzido.
Diante desses números, aliado ao quadro epidemiológico e ao perfil sócio-econômico das comunidades brasileiras, constata-se a necessidade por sistemas simplificados de tratamento dos esgotos.
Esses sistemas devem conjugar os seguintes requisitos principais:
• Baixo custo de implantação;
• Elevada sustentabilidade do sistema, relacionada à pouca dependência de fornecimento de energia, de peças e equipamentos de reposição etc.;
• Simplicidade operacional, de manutenção e de controle (pouca dependência de operadores e engenheiros altamente especializados);
• Baixos custos operacionais;
• Adequada eficiência na remoção das diversas categorias de poluentes (matéria orgânica biodegradável, sólidos suspensos, nutrientes e patogênicos);
• Pouco ou nenhum problema com a disposição do iodo gerado na estação;
• Baixos requisitos de área;
• Existência de flexibilidade em relação às expansões futuras e ao aumento de eficiência;
• Possibilidade de aplicação em pequena escala (sistemas descentralizados), com pouca dependência da existência de grandes interceptores;
• Fluxograma simplificado de tratamento (poucas unidades integrando a estação);
• Elevada vida útil;
• Ausência de problemas que causem transtorno à população vizinha;
• Possibilidade de recuperação de subprodutos úteis, visando sua aplicação na irrigação e na fertilização de culturas agrícolas;
• Existência de experiência prática.
Embora não exista uma solução que atenda integralmente a todos esses requisitos, existem várias alternativas que atendem, em maior ou menor grau, aos principais requisitos que devem ser observados num estudo técnico-econômico de escolha de alternativas.
Cintia afirma que é de conhecimento amplo a crise que atravessa o saneamento no Brasil. Entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, os dados referentes ao esgotamento sanitário são alarmantes, indicando índices de cobertura da população, por redes coletoras, de apenas 30%, e um percentual de municípios que possuem estações de tratamento inferior a 10%.
Mesmo nos municípios que se incluem nessa pequena parcela, em geral, as estações de tratamento atendem a apenas uma parte da população, muitas vezes as eficiências são reduzidas e problemas operacionais são freqüentes.
Diante desse enorme déficit sanitário, aliado ao quadro epidemiológico e ao perfil sócio-econômico das comunidades brasileiras, constata-se a necessidade por sistemas simplificados de coleta e tratamento dos esgotos.
Esses sistemas devem conjugar baixos custos de implantação e operação, simplicidade operacional, índices mínimos de mecanização e sustentabilidade do sistema como um todo.
Nesse sentido, as seguintes alternativas, dentre outras, devem ser consideradas:
• Sistemas individuais de tratamento e disposição de excretas e esgotos:
o Fossa seca, nas suas diversas modalidades,
o Tanque séptico e infiltração no solo,
o Tanque séptico e filtro anaeróbio;
• Sistema condominial de coleta de esgotos;
• Sistemas coletivos de tratamento de esgotos:
o Lagoa de estabilização,
o Aplicação no solo,
o Tanque séptico e filtro anaeróbio,
o Reator anaeróbio de manta de lodo.
No que se refere aos sistemas coletivos de tratamento de esgotos, embora existam alternativas que possam ser utilizadas, entende-se que, atualmente, no Brasil, as quatro relacionadas anteriormente encontram maior aplicabilidade.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Ocupação do Pós-represa deve levar meio ambiente em consideração
Área america-nense possui diversidade biológica e guarda riquezas naturais
JULIANO SCHIAVO
Quem olha o mapa de Americana, cidade do interior paulista, pode observar uma grande represa. Os olhos mais atentos enxergam um dragão azul, cujo nome real é represa do Salto Grande. Suas águas são afluentes do rio Piracicaba e guardam, próximo a Paulínia, um mini-pantanal, onde garças e outras aves se misturam com a paisagem.
Nas costas do dragão azul repousam 32 Km² de terras ainda não exploradas. Cosmópolis, Paulínia e Nova Odessa fazem divisas com essa área americanense, que corresponde a 22% do território do município e é conhecida como Pós-represa.
Na vegetação castigada pela monocultura da cana-de-açúcar, pelas pastagens e outros tipos de exploração não sustentável, ainda é possível encontrar áreas onde a biodiversidade resiste. É o que afirma o biólogo e doutor em Zoologia, Thiago Augusto Ortega Pietrobon, que desenvolveu um levantamento das nascentes do Pós-represa.
Nesse contato, ele teve a oportunidade de observar “inúmeros rastros (pegadas) de animais, destacando-se veados (inclusive com filhotes), guaxinins, cachorros e gatos que podem ser selvagens, além de aves e répteis”.
O biólogo destaca que, do ponto de vista da flora, foram observadas três grandes remanescentes de vegetação, que devem ser resquícios da vegetação original de Americana, e por isso, de grande importância para o município.
Mas essa área sofre impacto da ação do homem. Segundo Pietrobon, o avanço das plantações sobre as nascentes e a inexistência de mata ciliar ao seu redor, contribuem para a redução do volume hídrico e propiciam um aumento na erosão, o que colabora para assorear os córregos do local. “A falta de rotatividade de culturas, nas áreas cultivadas, pode também levar a um esgotamento das reservas de nutrientes do solo”.
Áreas de proteção ambiental
Com a aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), no final de 2007, que é uma lei municipal que estabelece diretrizes para a ocupação da cidade, a prefeitura de Americana teve que elaborar um Plano Diretor Específico da área do Pós-Represa.
De acordo com a Diretora da Unidade de Estatística, Maria Aparecida Martins Feliciano, “esse trabalho está sendo realizado por uma equipe da Prefeitura, formada por técnicos de todas as secretarias”. Eles já tiveram a participação de alguns representantes de ONGs, de estudantes de mestrado, técnicos da comunidade e representantes de associações de classe. Existe também uma parceria com a comissão nomeada pela Câmara de Vereadores para acompanhamento da implantação das Áreas de Proteção Ambiental de Americana.
Definir é o caminho
A elaboração desse plano vai ajudar na implantação de vários projetos, cujo propósito é garantir o desenvolvimento sustentável do local. Isso inclui projetos de manutenção, recuperação e monitoramento das áreas de preservação ambiental.
Para Pietrobon, o PDDI é a oportunidade de planejar as ações sobre a área, garantindo que a geração de impactos sobre o ambiente seja mínima. “Se pensarmos do ponto de vista histórico, Americana, entre as décadas de 50 e 60, sofreu um grande aumento demográfico urbano. Nas décadas de 70 e 80, com a implantação de indústrias multinacionais, uma nova leva de migrantes ocupou seu espaço urbano. Assim, o desenvolvimento urbanístico do município ficou comprometido com o crescimento desordenado da população, como constatamos hoje pelas reduzidas áreas de praças públicas na malha urbana e menor número ainda de áreas de preservação conservadas”, destacou.
Recursos hidrológicos
O levantamento das nascentes realizado por Pietrobon apontou que, das 96 nascentes encontradas, apenas 14% apresentam certa cobertura vegetal. Por volta de 30% delas não apresentam vegetação arbórea, havendo apenas mato alto ou plantações ao redor. Vinte e três por cento apresentam poucas árvores e muito mato alto. O restante, ou não foi verificado ou encontra-se em área alagada, com vegetação típica de alagado, ou ainda está sendo reflorestada e encontra-se em desenvolvimento (duas nascentes nesta ultima situação). “O que mais chama a atenção na análise da cobertura vegetal é a presença de mato bastante alto, que muitas vezes sufoca as árvores em crescimento. Um manejo adequado deverá ser feito a fim de propiciar o desenvolvimento da mata ciliar”, disse o biólogo.
Importância do Pós-represa
Mais do que uma área para o desenvolvimento de Americana, o Pós-represa, de acordo com o biólogo, possui um papel importante na amenização da carga de poluentes atmosféricos que passam por ali e chegam à cidade, pois serve como uma barreira.
O local também pode ter papel estratégico no futuro na geração de água e na preservação da biodiversidade, devido à quantidade de nascentes e à riqueza biológica que apresenta.
Por isso, a realização de um plano-diretor específico da área é importante para fazer com que se adote uma política de desenvolvimento sustentável. “Através de um plano diretor pode se estabelecer um desenvolvimento sustentável, garantindo que naquele território haja um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a justiça social e o meio ambiente”, explicou Maria Aparecida.
Foto: Thiago Pietrobon
sexta-feira, 11 de abril de 2008
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